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Primeiro dia sem sacolas plásticas em supermercados gera atrasos nas compras

Consumidor reclamou da inexistência de sacolas retornáveis para venda

Laís Santana
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“Fomos pegos de surpresa porque imaginávamos encontrar aquelas sacolas retornáveis para vender, mas não tinha, foi preciso comprar as sacolas biodegradáveis mesmo. É uma iniciativa interessante para a preservação do meio ambiente, isso é realmente necessário, porém pelo que a gente está vendo aqui em termos de logística, num dia de pico, isso vai trazer muito problema. Demoramos aqui mais que o normal para poder passar as compras e embalar, acredito que se fosse em um dia de mais movimento perderíamos uma manhã aqui”.

O "desabafo é do administrador Eduardo Correia, que esteve na manhã deste domingo (14) em um supermercado da capital paraense. Hoje, entrou em vigor a lei que obriga a substituição de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais localizados no Pará. "A nova medida é positiva tendo em vista a diminuição dos impactos da presença do plástico no meio ambiente, mas é necessário que as lojas façam um planejamento para atender a demanda de clientes, principalmente em dias mais movimentados", complementou Eduardo.

Em Belém, as redes de supermercados começaram a oferecer aos clientes as sacolas recicláveis que podem ser adquiridas por R$ 0,08 a R$ 0,30 dependendo do tamanho, mas os consumidores reclamaram da falta de logística nos estabelecimentos para o processo de transição das sacolas. Já nos bairros periféricos, os comerciantes garantem que seguirão utilizando sacolas de polietileno. 

A dona de casa Elza da Silva aproveitou a manhã de domingo para ir ao supermercado e já levou suas ecobags para transportar os produtos para casa. Pela primeira vez, ela utilizou sacolas retornáveis que tinha guardadas e acredita que a nova prática será benéfica para todos. “As sacolas (de plástico) dão muito prejuízo para a natureza, então, a gente tem que cooperar um pouco”, ressaltou. 

image Elza da Silva com as subas ecobags (Thiago Gomes / O)

A legislação que começou a valer hoje, sancionada pelo Governo do Estado em 2019, proíbe a distribuição das sacolas de polietileno, independente de serem gratuitas ou pagas, com o objetivo de reduzir a poluição em ruas e rios da região. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, mais de 1,5 milhões de sacolas são distribuídas por hora em todo Brasil. 

A determinação entraria em vigor em outubro de 2020, porém, por problemas no fornecimento de sacolas biodegradáveis - embalagens feitas com pelo menos 51% de material proveniente de fontes naturais, como a cana de açúcar - o prazo para adequação foi prorrogado por quatro meses. 

Uma lei municipal aprovada em 2017 também propôs um prazo para que os estabelecimentos da capital paraense pudessem se adaptar. De autoria do vereador Mauro Freitas (PSDB), o projeto adéqua uma matéria de 2011 e pede a substituição das sacolas regulares, com plástico originário do petróleo, por sacolas oxibiodegradáveis, além de estabelecer como prioridade o uso de sacolas de pano.

A lei também obriga os estabelecimentos a fixar placas informativas nos locais onde as sacolas plásticas ficam ou no caixas, sempre alertando para a importância do uso de recursos naturais.

Por meio de campanhas educativas, a Associação de Supermercados do Pará (Aspas) reforça que a partir deste domingo as sacolas de polietileno não estarão mais disponíveis e incentiva os consumidores a utilizarem sacolas de pano, ecobags e até carrinhos de compras.

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Economia
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