Preço do pescado: confira os peixes que ficaram mais baratos e mais caros em Belém
Tucunaré registrou a maior redução no ano, com recuo de 27,25%

Os preços do pescado comercializado nos mercados municipais de Belém voltaram a cair em setembro, completando cinco meses consecutivos de recuo, segundo levantamento conjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon). A pesquisa divulgada nesta sexta-feira (17) aponta que a maioria das espécies consumidas pelos paraenses apresentou redução de preços no período entre maio e setembro deste ano.
VEJA MAIS
Em setembro, as maiores quedas em relação a agosto foram registradas na dourada, que passou a custar R$ 21,92 o quilo, com recuo de 14,31%, seguida pela serra (R$ 16,84 / -13,20%), sarda (R$ 17,41 / -12,69%), gurijuba (R$ 23,87 / -11,82%) e corvina (R$ 17,85 / -11,41%). Outras espécies também apresentaram reduções, como o tamuatá (R$ 19,59 / -9,01%), arraia (R$ 13,22 / -8,83%), pirapema (R$ 27,90 / -8,68%) e filhote (R$ 30,20 / -7,53%).
O levantamento mostra ainda queda nos preços do camurim (R$ 27,76 / -7,28%), uritinga (R$ 12,17 / -7,24%), tambaqui (R$ 19,59 / -7,23%), xaréu (R$ 12,24 / -6,13%), tucunaré (R$ 29,10 / -4,40%), pescada amarela (R$ 29,42 / -2,23%) e tainha (R$ 19,10 / -0,73%).
Por outro lado, algumas espécies tiveram aumento de preço no mesmo período. As maiores altas foram registradas na piramutaba (+10,27%), pescada branca (+8,40%) e traíra (+7,84%). Também subiram, embora de forma mais moderada, os preços da pratiqueira (+3,53%), cação (+2,25%), pescada gó (+1,00%) e mapará (+0,23%).
Balanço do ano
A análise acumulada de janeiro a setembro de 2025 mostra que, apesar das recentes quedas, o pescado ainda se mantém caro em relação ao início do ano, com várias espécies registrando reajustes acima da inflação acumulada do período, estimada em 3,6%.
As maiores altas foram observadas na traíra (+22,55%), mapará (+15,57%), piramutaba (+13,42%) e pirapema (+11,77%). Também apresentaram aumentos o xaréu (+10,27%), camurim (+7,26%) e tamuatá (+5,38%). Outras espécies, como uritinga, pescada gó, cação, arraia, pratiqueira e sarda, tiveram reajustes entre 1,8% e 5,3%.
Na contramão, algumas espécies acumulam quedas expressivas desde janeiro. O tucunaré registrou a maior redução no ano, com recuo de 27,25%, seguido pela serra (-20,08%), tainha (-18,31%), corvina (-16,20%), tambaqui (-11,94%) e pescada amarela (-9,98%). Filhote, gurijuba, pescada branca e dourada também apresentaram retração.
Comparativo de 12 meses
O comparativo de preços entre setembro de 2024 e setembro de 2025 mostra que, no acumulado de 12 meses, a maioria das espécies ficou mais cara, com variações acima da inflação estimada em 5,1% no período.
O tucunaré lidera as altas, com aumento de 40,65%, seguido pela pirapema (+31,98%), mapará (+24,16%) e piramutaba (+23,00%). Também tiveram reajustes significativos a arraia (+22,98%), cação (+22,44%) e pescada gó (+21,83%). Outras espécies com elevação acima da média foram tamuatá (+18,08%), camurim (+16,59%) e serra (+14,95%).
Já entre as que apresentaram queda em 12 meses estão a uritinga (-4,55%), tainha (-4,79%) e corvina (-5,10%).
De acordo com o Dieese e a Sedcon, a tendência para outubro é de continuidade na redução dos preços, impulsionada pela maior oferta de pescado e por melhores condições de captura.
Espécies com queda de preço (kg) em setembro (em relação a agosto):
• Dourada: R$ 21,92 / -14,31%
• Serra: R$ 16,84 /-13,20%
• Sarda: R$ 17,41/-12,69%
• Gurijuba: R$ 23,87/ -11,82%
• Corvina: R$ 17,85 / -11,41%
• Tamuatá: R$ 19,59 /-9,01%
• Arraia:R$ 13,22 / -8,83%
• Filhote: R$ 30,20 / -7,53%
• Camurim: R$ 27,76/ -7,28%
• Uritinga: R$ 12,17/ -7,24%
• Tambaqui: R$ 19,59 / -7,23%
• Xaréu: R$ 12,24 / -6,13%
• Tucunaré: R$ 29,10 / -4,40%
• Pescada amarela: R$ 29, 42/-2,23%
• Tainha: R$ 19,10 / -0,73%
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA