Preço do açaí tem queda em Belém desde o início da segunda quinzena de julho

A qualidade do produto também é destacada pelos consumidores

Abilio Dantas
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O preço do açaí começou a cair a partir da segunda quinzena de julho em Belém. Batedores e consumidores afirmam que além do valor, a qualidade do produto também mudou em comparação com o primeiro semestre, o que é explicado pelo início do período de safra, que tem seu melhor momento entre agosto e dezembro. A Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel) afirma que o preço do produto comprado pelos comerciantes, que revendem “na ponta” para a população nos bairros de Belém, teve recuo de 50%.

O presidente da Avabel, Carlos Noronha, declara que não há surpresa na mudança, por se tratar de um evento sazonal do cultivo de açaí, mas observa que a oferta ainda poderia ser maior. “Estamos trabalhando principalmente com o açaí vindo da região das ilhas de Belém. Mas fornecedores de outros locais, como Cametá, estão vendendo para outros fins, como a produção de cosméticos, o que faz com que a oferta seja ainda um pouco menor do que em outros anos. Por outro lado, é fato que desde a semana passada houve queda nos preços. No meu ponto, o açaí médio foi vendido na entressafra a R$ 22, e agora passou para R$ 16. Já o grosso, estava a R$ 35, agora passou para R$ 25”, informa.

Em maio deste ano, conforme noticiado pelo Grupo Liberal, muitos vendedores de açaí tiveram que fechar seus pontos devido ao aumento dos preços, causado pela entressafra e pelo crescimento da exportação do produto. Alguns consumidores relataram então dificuldade em comprar o alimento tradicional dos paraenses. Com a chegada da safra, segundo Carlos Noronha, os batedores puderam voltar a trabalhar normalmente. “Atualmente, existem cerca de 10 mil batedores de açaí em Belém. Nós, da Avabel, possuímos 4.700 associados, sendo que 2.200 estão ativos”, afirma o presidente.

Heron Amaral Rocha, que possui um ponto na Feira da Pedreira e foi um dos organizadores do movimento de paralisação ocorrido em maio, em razão dos altos preços, destaca que apesar da redução, é necessário que o comércio do fruto passe por mais regulações. “Uma coisa que seria importante é a padronização dos preços e das medidas a serem utilizadas na venda. Agora estão chamando de ‘pedaço’ a medida de um paneiro menor, que é o mesmo que uma lata e meia. Antes, as medidas eram maiores. Você fica sem uma referência clara”, reclama.

Nos bairros da periferia de Belém, segundo o também comerciante e batedor de açaí Marivaldo Ferreira, o litro do açaí médio passou de R$ 20 para R$ 12. “Muita gente teve que fechar as portas em maio, mas agora todo mundo está reabrindo de novo. Os preços tiveram queda mesmo. Em abril, eu comprava uma lata de 14 quilos a R$ 110, agora encontramos entre R$ 40 e R$ 50”, conclui.

A trabalhadora autônoma Maria do Carmo, moradora do bairro da Marambaia, afirma que agora está conseguindo comprar normalmente. “A vendedora manda mensagem e eu vou buscar. Antes, o litro estava a R$ 20, depois passou para R$ 16, e agora está a R$ 14. E o produto está melhor também, mas saboroso, e a espessura está boa. Ficou mais barato na semana passada”, reforça a consumidora.

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