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Com gasolina mais barata a partir de terça, motoristas esperam gastar menos abastecendo

Consumidores relatam quedas nas últimas semanas e esperam que o orçamento fique mais aliviado com o novo corte

Elisa Vaz

Os consumidores paraenses podem encontrar o litro da gasolina mais barato nos postos esta semana, após a Petrobras ter reduzido o preço do combustível para as distribuidoras. Esta é a terceira queda em menos de um mês e entra em vigor a partir desta terça-feira (16), na casa dos 4,85%, passando de R$ 3,71 para R$ 3,53.

Embora, para o consumidor, a queda não seja na mesma magnitude, já que o preço final na bomba é composto por outros fatores, como impostos e lucro das distribuidoras, os motoristas locais veem o corte com olhar positivo. O taxista Benjamin Quaresma Júnior, de 51 anos, já está sentindo uma “boa diferença” – se antes gastava, por dia, entre R$ 100 e R$ 110, agora o custo da gasolina para trabalhar soma R$ 70 diariamente. Ele costuma rodar cerca de 150 quilômetros em um dia de trabalho e espera perceber os novos preços em dois dias.

“Isso faz diferença no orçamento, melhora o lucro, que tava quase 50%-50%, dividindo metade para a gente e metade para a gasolina. Agora muda para 70%-30%, como era antigamente. Em dois dias eu percebo a diferença, geralmente”, comenta. Mesmo que o custo com combustível esteja mais baixo, ainda não é o ideal, na opinião de Benjamin. O lucro das corridas só seria realmente vantajoso se o litro da gasolina estivesse em uma média de R$ 3,5.

Na pandemia, quando o ganho ficou mais baixo por conta do isolamento social, o taxista precisou mudar de associação e passou a trabalhar perto de um supermercado, que ainda tinha fluxo de pessoas. Chegou a perder de 40% a 50% de seu faturamento normal e está tentando recuperar o dinheiro, pagando contas atrasadas e investindo no veículo. Ele recebeu alguns auxílios do governo federal e do estadual no período mais crítico da crise sanitária, e vai receber novamente o benefício destinado a profissionais de sua categoria, pago a partir desta terça-feira (16).

Já a professora Dina Oliveira, de 53 anos, usa o combustível apenas para trajetos pessoais no carro e na moto que tem em casa. Para encher o tanque do carro, que dura, em média, uma semana, custa R$ 275, e o da moto já fica cheio com o gasto de R$ 17 e tem duração de cerca de duas semanas. Antes das recentes quedas, os valores ficavam, respectivamente, em R$ 300 e R$ 24.

“Em junho fui para Capanema e gastei muito com combustível, tem mais ou menos um mês que comecei a notar que estava mais barato, em julho. O carro eu uso mais quando vou em outra cidade, como Salinas, Capanema ou mesmo Belém, já que moro em Marituba, e divido com a minha filha. Já a moto uso para afazeres próximos, dentro da cidade, e meu filho vai para Belém três vezes por semana. Com certeza essa queda ajuda mesmo que seja pequena, porque dá um ânimo para manter o carro, tava tão caro o combustível que ficou difícil”, lembra.

Em nota enviada à reportagem, o Sindicombustíveis afirmou que, apesar da queda, não existe correlação obrigatória entre os preços da refinaria da Petrobras e dos combustíveis nos postos, porque isso depende sempre do repasse das distribuidoras, do estoque das empresas e da decisão de cada uma em relação ao lucro. “É fundamental lembrar que essa redução diz respeito somente à gasolina pura nas refinarias da Petrobras - ainda há acréscimo da mistura de 27% de etanol, por previsão legal, de modo que a redução não é integral. Além disso, ela só é aplicada na Petrobras; existem outras refinarias privadas no país, além de importação de combustíveis”, diz o órgão.

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Economia
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