Portos do arco amazônico devem fechar 2023 com alta de mais de 20% nas exportações

A previsão é da Amport, associação que desataca o Pará como líder do arco amazônico, em virtude do seu complexo portuário em Barcarena

Fabyo Cruz
fonte

As exportações dos portos do arco amazônico, como é chamado o conjunto de portos localizados entre os estados de Rondônia, na cidade de Porto Velho, até o Maranhão, no município de São Luís, deverão crescer neste ano algo cerca de 22%, em relação ao ano passado, segundo previsão da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport). Em 2022, foram embarcadas 51% de todas as commodities agrícolas destinadas à exportação do Brasil. Em 2023, a tendência é aumentar esse número na casa das 50 milhões de toneladas exportadas. Desse total, o Pará irá corresponder a 50% das exportações.

image Flávio Acatauassú, diretor-presidente da Amport, associação que congrega 13 empresas de granéis vegetais, minerais e líquidos, que operam na Amazônia (Fabyo Cruz/Especial para O Liberal)

O Pará lidera o arco amazônico em virtude do seu complexo portuário de Barcarena, município da Região Metropolitana de Belém (RMB), responsável pelas maiores áreas onde uma embarcação pode lançar âncoras, além de possuir grandes extensões dos rios para a logística portuária, explica Flávio Acatauassú, diretor-presidente da Amport. A associação congrega 13 empresas de granéis vegetais, minerais e líquidos, que operam na região amazônica.

VEJA MAIS

image Ferrogrão: Comissão do Senado realiza reunião em Novo Progresso, no Pará, para discutir projeto
Programação técnica debaterá os detalhes do projeto da ferrovia, que prevê investimentos da ordem de R$ 24,2 bilhões para ligar Sinop (MT) ao porto de Miritituba, na cidade paraense de Itaituba.

image PF apreende 17kg de maconha em embarcação de passageiros em Belém
A droga foi apreendida no momento em que chegava de barco em um porto no bairro do Umarizal

“Dentro do crescimento dos portos, o Pará é quem mais alavanca o arco amazônico com a movimentação de granéis vegetais e commodities agrícolas. E Barcarena tem uma localização estratégica dentro do arco amazônico com as maiores áreas de fundeio e as maiores larguras e profundidade dos rios para a movimentação portuária (...) As nossas águas são fundamentais, pois não se tem o que pensar em rodovias se a gente pode utilizar os nossos rios como via de transporte”, afirmou o diretor-presidente da Amport.

image Em 2022, foram embarcadas pelo arco amazônico 51% de todas as commodities agrícolas destinadas à exportação do Brasil (Fabyo Cruz/Especial para O Liberal)

Segundo Flávio Acatauassú, a logística hidroviária do arco amazônico tornou-se atrativa para novas empresas por ser a mais ambientalmente correta e a que possui maior sustentabilidade. “Os clientes, hoje, no mercado Internacional, estão cada vez mais preocupados com as questões ambientais e sustentabilidade, e a nossa logística, aqui no arco do amazônico, mais da metade do nosso modal é o modal fluvial, modal hidroviário, por isso somos tão competitivos (...) Enquanto tivermos água em abundância e condições geográficas que nos permitem ter uma logística sustentável como a nossa, a tendência é só crescer”, assegurou.

[[(standard.Article) Mastro do Mercado do Porto do Sal, em Belém, é revitalizado com o projeto Mastarel]]

image Pará se consolida como polo de produção de fertilizantes com dez empresas
Proximidade do Porto de Via do Conde, em Barcarena, é vantagem para empresas

Potencial hidroviário paraense

Para Thiago Carvalho, diretor de operações do sistema Norte da companhia Hidrovias do Brasil, o Pará é fundamental para o desenvolvimento da logística brasileira. A empresa de soluções logísticas integradas está presente tanto no Norte quanto no Sul do país, por meio da hidrovia Paraná-Paraguai, e também em Santos, no estado de São Paulo. O empreendimento chegou em solos e águas paraenses em 2016, iniciando suas operações com grãos e fertilizantes, e, desde 2017, com Bauxita.   

image Thiago Carvalho, diretor de operações da Hidrovias do Brasil, companhia que está presente nas cidades de Barcarena e Itaituba, (Fabyo Cruz/Especial para O Liberal)

“A hidrovias do Brasil está presente na cidade de Barcarena e Itaituba, ambas no Pará. Todo o nosso sistema norte está concentrado aqui. A companhia enxerga naturalmente uma vocação hidroviária na Bacia Amazônica, no qual briga nossas operações e também contempla um grande potencial para escoamento do grão e da logística brasileira (...) Ano após ano, a hidrovias vem aumentando a participação nesse mercado, e das 50 milhões de toneladas exportadas em 2022 pelo arco norte,  7.500 milhões toneladas são da Hidrovias no Brasil, representando 15% desse mercado”, afirmou Thiago Carvalho. 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA