Petróleo, inflação e alimentos: os impactos da guerra na economia do Pará
Possível escalada do conflito pode resultar em altas nos preços dos combustíveis e, consequentemente, fretes e alimentos mais caros, dizem estudiosos
Elisa Vaz
Questões geopolíticas como essa têm seu principal impacto sobre os preços das commodities, como explica o economista Douglas Alencar (Mohammed Dahman / Associated Press / Estadão Conteúdo)
O confronto entre Israel e o grupo palestino Hamas, que se intensificou há cerca de duas semanas, quando terroristas iniciaram uma série de ataques contra o território israelense, pode causar sérios impactos na economia do Pará. Mesmo a quase 10 mil quilômetros de distância, aquela região é capaz de produzir efeitos diversos no mercado internacional, inclusive criando altas de preços de combustíveis, fretes e até alimentos no território paraense, dependendo da escalada da guerra.
Questões geopolíticas como essa têm seu principal impacto sobre os preços das commodities, como explica o economista Douglas Alencar. “O preço do minério de ferro, assim como do petróleo Brent - referência para a política de preços da Petrobras -, tem aumentado substancialmente no mercado internacional”, afirma. Na manhã desta sexta-feira (20), o combustível citado operava em alta de 0,81%, a US$ 93,09 no mercado futuro, com possível ganho de 2,8% na semana.
Com isso, o cenário é de elevação de preços dos combustíveis no Pará. “Como a Petrobras repassa a variação do petróleo Brent para o mercado interno, podemos esperar um aumento dos preços dos combustíveis no país. Considerando que existe um custo alto de transporte para o Norte, no Pará a alta deve ser maior que no Sudeste, por exemplo”, adianta o economista.
Supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), Everson Costa ressalta que os efeitos do conflito milenar são globais, especialmente porque a tensão ocorre em uma região muito ligada à produção de petróleo. A Arábia Saudita, por exemplo, é a segunda maior produtora do mundo, com 10,9 milhões de barris por dia, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, referentes a 2021.
“O principal impacto hoje, não só para os paraenses e brasileiros, mas para o mundo, é uma possível escalada de preços dos combustíveis, e isso lá fora vai refletir aqui dentro também, até porque, recentemente, a própria Petrobras divulgou os reajustes de 6% no preço do diesel e um ligeiro recuo de 4% na gasolina. No caso da gasolina, nós temos uma produção interessante no país, conseguimos refinar bastante, diferentemente do diesel, que necessitamos muito, porque a demanda é bem maior em função dos transportes para entregar bens, produtos, serviços e alimentos por todo o país. Traz uma inquietação”, aponta.
Fretes e alimentos podem subir
Esse reajuste no custo do petróleo em nível mundial pode gerar um “efeito dominó” em outros segmentos do mercado que vão além dos combustíveis. O economista Douglas Alencar detalha que a inflação no Brasil pode ser impactada por conta desses preços no mercado mundial. Isso porque existe um cenário mais complexo em alguns estados, como é o caso do Pará. As distâncias no território amazônico já deixam custos de transporte mais altos, diferentemente de outras regiões, e isso pode gerar uma elevação em cadeia no preço de alimentos e outros bens essenciais.
Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu (Foto: Gabinete do Ministro da Ucrânia)
“Se o diesel sobe, e subirá constantemente em função dessas oscilações de mercado, já conhecemos a regra por aqui: mais aumentos no preço do que consumimos. Temos no Pará um grau de dependência e uma relação gigantesca com outros estados que fornecem aquilo de que necessitamos - a alimentação é um grande exemplo disso. Então, se ela vem de outros estados, por estrada, com combustíveis mais caros e frete mais caro, o custo de vida com certeza vai ser bem mais elevado para nós”, projeta o especialista.
Outros produtos e serviços também devem sofrer impacto, já que a formação de preços leva em conta os gastos com transporte, conforme o supervisor técnico do Dieese. Ele lembra que, em agosto e setembro, dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram alta na inflação de Belém nos últimos 12 meses superior à de outras capitais.
“O nosso custo de vida e nossos preços aqui já são elevados. Com essa condição e a possibilidade de mais ajustes no valor daquilo que, para nós, forma preços dos demais itens, como o caso do diesel, a possibilidade da nossa inflação ser maior é gigantesca. Com esse novo reajuste de 6% no preço do diesel, não é de se duvidar que, novamente, em outubro, a inflação calculada para Belém também aponte aumentos”, detalha Everson. Para o economista Douglas Alencar, o ideal é observar a evolução do conflito. Caso a guerra passe a envolver outros países no Oriente Médio, segundo ele, o impacto nos preços pode ser ainda maior.
Guerra Israel
Vista aérea mostra palestinos fugindo do norte de Gaza, no território Palestino, depois que o exército israelense emitiu um alerta de evacuação para uma população de mais de 1 milhão de pessoas, na Cidade de Gaza, nesta sexta- feira, 13 de outubro de 2023. Sem muitas alternativas de fuga, os palestinos seguem para o sul do território antes de uma possível invasão terrestre israelense em bisca de integrantes do Hamas. Foto: HATEM MOUSSA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Trabalhadores da Defesa Civil removem o cadáver de um jornalista morto por bombardeio israelense, e resgata outros no vilarejo fronteiriço de Alma al-Shaab com Israel, no sul do Líbano, nesta sexta-feira, 13 de outubro de 2023. Um projétil israelense caiu em uma reunião de jornalistas internacionais que cobriam confrontos no fronteira no sul do Líbano, matando um e deixando outros seis feridos. Foto: HASSAN AMMAR/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Trabalhadores da Defesa Civil removem o cadáver de um jornalista morto por bombardeio israelense, no vilarejo fronteiriço de Alma al-Shaab com Israel, no sul do Líbano, nesta sexta-feira, 13 de outubro de 2023. Um projétil israelense caiu em uma reunião de jornalistas internacionais que cobriam confrontos no fronteira no sul do Líbano, matando um e deixando outros seis feridos. Foto: HASSAN AMMAR/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Operação Voltando em Paz - Aeronave KC-390 Millennium, pousa na Base Aerea de Guarulhos com 64 brasileiros retirados da área de conflito em Israel . Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil
Oficiais mostram os corpos de israelenses mortos em um ataque sem precedentes do grupo palestino Hamas, que foram reunidos para identificação em uma base militar em Ramla, Israel, nesta sexta-feira, 13 de outubro de 2023. Autoridades israelenses dizem que cerca de 1.300 pessoas foram mortas quando militantes do Hamas invadiram a fronteira no último sábado, 7, atacando cidades, aldeias, bases militares e um festival de música. Em revide, Israel fez um ofensiva contra Gaza. Até agora mais de 2.500 pessoas já morreram no conflito, dos dois lados. Foto: FRANCISCO SECO/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Apoiadores do Hezbollah seguram cartazes em árabe que dizem: ?Que Deus proteja você, Gaza?, durante um protesto para mostrar sua solidariedade aos palestinos, no subúrbio ao sul de Beirute, no Líbano, nesta sexta-feira, 13 de outubro de 2023. Dezenas de milhares de muçulmanos manifestaram-se hoje em todo o Médio Oriente, em apoio aos palestinos e contra os ataques aéreos israelitas que atingem Gaza, sublinhando o risco de eclosão de um conflito regional mais amplo, enquanto Israel se prepara para uma possível invasão terrestre na faixa costeira. Foto: HUSSEIN MALLA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Uma equipe de emergência carrega uma criança ferida em um hospital após os ataques aéreos israelenses em Rafah, sul da Faixa de Gaza, em 13 de outubro de 2023. Israel pediu a realocação imediata de 1,1 milhão de pessoas em Gaza em meio ao seu bombardeio massivo em retaliação aos ataques do Hamas, com o alerta das Nações Unidas sobre consequências "devastadoras". DISSE KHATIB/AFP
Apoiadores do clérigo xiita iraquiano Moqtada al-Sadr se reúnem para realizar as orações muçulmanas semanais das sextas-feiras na Praça Tahrir, em Bagdá, durante uma manifestação anti-Israel em 13 de outubro de 2023, em meio às batalhas em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas. Ahmad Al-Rubaye/AFP
Destruição causada pelo ataque aéreo israelense contra a cidade de Gaza, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. A guerra entre Israel e o Hamas, que chegou ao quarto dia nesta terça-feira, 10, já deixou mais de 1.600 mortos. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou um "cerco completo" à Faixa de Gaza, que inclui o corte de luz, água e a entrada de comida - o território já convive com um bloqueio parcial há 16 anos. Isolados no enclave palestino, o Hamas ameaçou executar um refém sempre que um ataque atingir seus habitantes sem aviso prévio. Foto: FATIMA SHBAIR/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
FATIMA SHBAIR/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Fumaça sobe de uma explosão causada por ataques aéreos israelenses na fronteira entre o Egito e Rafah, na Faixa de Gaza, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. A guerra entre Israel e o Hamas, que chegou ao quarto dia nesta terça-feira, 10, já deixou mais de 1.600 mortos. O primeiro- ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou um "cerco completo" à Faixa de Gaza, que inclui o corte de luz, água e a entrada de comida - o território já convive com um bloqueio parcial há 16 anos. Isolados no enclave palestino, o Hamas ameaçou executar um refém sempre que um ataque atingir seus habitantes sem aviso prévio. Foto: HATEM ALI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Um soldado israelense toma posição no kibutz Kfar Azza, em Israel, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. Militantes do Hamas invadiram Kfar Azza no último sábado, 07, onde vários israelenses foram mortos e outros feitos prisioneiros. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou um "cerco completo" à Faixa de Gaza, que inclui o corte de luz, água e a entrada de comida - o território já convive com um bloqueio parcial há 16 anos. Isolados no enclave palestino, o Hamas ameaçou executar um refém sempre que um ataque atingir seus habitantes sem aviso prévio. Foto: OHAD ZWIGENBERG/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Destruição causada pelo ataque aéreo israelense contra a cidade de Gaza. Foto: HASSAN ESLAIAH/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Destruição causada pelo ataque aéreo israelense contra a cidade de Gaza, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. A guerra entre Israel e o Hamas, que chegou ao quarto dia nesta terça-feira, 10, já deixou mais de 1.600 mortos. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou um "cerco completo" à Faixa de Gaza, que inclui o corte de luz, água e a entrada de comida - o território já convive com um bloqueio parcial há 16 anos. Isolados no enclave palestino, o Hamas ameaçou executar um refém sempre que um ataque atingir seus habitantes sem aviso prévio. Foto: HASSAN ESLAIAH/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Palestinos, incluindo alguns jornalistas, carregam os corpos de dois repórteres palestinos mortos por um ataque aéreo israelense na Cidade de Gaza, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. O editor Saeed Al-Taweel e o fotógrafo Mohammed Sobih foram mortos no ataque ocorrido perto de uma área onde estão localizados vários escritórios de mídia. A guerra entre Israel e o Hamas, que chegou ao quarto dia nesta terça-feira, 10, já deixou mais de 1.600 mortos.
Foto: FATIMA SHBAIR/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Veículos destruídos são vistos no local da festa rave no kibutz de Re?im, no sul de Israel, perto da Faixa de Gaza, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. Equipes de resgate encontraram ao menos 260 corpos no local onde era realizada a rave "Universo Parallelo", no último sábado, 07. A festa de música eletrônica foi criada no Brasil por Juarez Petrillo, pai do DJ Alok. A guerra entre Israel e o Hamas chegou ao quarto dia nesta terça-feira, 10. O número de mortes já ultrapassa a marca de 1.600. Foto: OHAD ZWIGENBERG/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ataques aéreos israelenses arrasam áreas de um bairro na cidade de Gaza, nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023. A guerra entre Israel e o Hamas chegou ao quarto dia nesta terça-feira, 10. O número de mortes já ultrapassa a marca de 1.600. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou um "cerco completo" à Faixa de Gaza, que inclui o corte de luz, água e a entrada de comida - o território já convive com um bloqueio parcial há 16 anos. Isolados no enclave palestino, o Hamas ameaçou executar um refém sempre que um ataque atingir seus habitantes sem aviso prévio. Foto: FATIMA SHBAIR/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Esta foto aérea mostra edifícios fortemente danificados após os ataques aéreos israelenses na cidade de Gaza em 10 de outubro de 2023. Israel atacou alvos do Hamas em Gaza em 10 de outubro e disse que os corpos de 1.500 militantes islâmicos foram encontrados em cidades do sul recapturadas pelo exército em batalhas exaustivas perto do enclave palestino. Foto: BELAL AL SABBAGH/AFP
Foto: MAHMUD HAMS / AFP
MAHMUD HAMS / AFP
Foto: Ahmed ZAKOUT / AFP
Ahmed ZAKOUT / AFP
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu — Foto: TOBIAS SCHWARZ/AFP
‘Preocupante’, diz setor produtivo
Já que as commodities são as principais afetadas por eventos geopolíticos como o que ocorre entre Israel e Hamas, produtos da pauta de exportação paraense podem ter certo impacto, como detalha Douglas. “É possível que haja impacto sobre a balança comercial do Pará, em especial com a venda do minério de ferro. Em relação a Israel e Palestina, o impacto direto deve ser pequeno, considerando que são populações muito pequenas para a balança comercial. Os impactos no Estado devem se dar de forma indireta, via preços das commodities no mercado internacional”, diz.
O Pará exportou neste ano, de janeiro a setembro, um total de US$ 58,4 milhões a Israel, US$ 39,2 milhões para o Líbano, US$ 29,2 milhões ao Egito, US$ 20,6 milhões para a Arábia Saudita e US$ 9,8 milhões ao Irã, todos países envolvidos ou próximos ao conflito. Os dados são do Núcleo de Planejamento (Nuplan) da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Para o zootecnista Guilherme Minssen, da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o conflito ainda é muito recente para se ter certeza, mas ele garante que, comercialmente, houve uma “grande repercussão” desde o início da guerra. “Nós comercializamos com a região principalmente o boi em pé. Eu vou falar sempre na região porque não adianta separar Palestina e Israel, mas ele é muito recente para a gente ver o que vai acontecer. Eu acho que o mais importante é falar que, em uma economia globalizada igual a nossa, qualquer guerra, como é o caso da Ucrânia e Rússia, afeta o mercado e afeta a economia porque nós somos vendedores de commodities. Mas a repercussão e o tamanho nós só vamos saber nesses próximos 90 dias, já que os contratos que já foram feitos estão sendo todos honrados”.
Apesar dos possíveis impactos locais e regionais, Minssen destaca que a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), na qual entra a equipe da Faepa, está acompanhando atentamente todos esses mercados. O zootecnista garante que, embora a situação seja “bastante preocupante” para o agronegócio, a alimentação da população está garantida. “Nós temos segurança alimentar, e o país que tiver segurança alimentar vai aguentar mais tempo algumas intempéries como essa”, finaliza o especialista.
Relação comercial do Pará com Oriente Médio
PAÍS | VALOR EXPORTADO
Israel: US$ 58.444.608
Carne bovina in natura: US$ 48.035.085
Soja em grãos: US$ 7.897.452
Miudezas de carne bovina: US$ 930.960
Sementes de oleaginosas (exclui soja): US$ 743.997
Madeira perfilada: US$ 403.128
Líbano: US$ 39.287.667
Bovinos vivos: US$ 37.519.277
Soja em grãos: US$ 1.447.254
Carne bovina in natura: US$ 123.211
Demais produtos e subprodutos da indústria de moagem: US$ 95.825
Outras rações para animais domésticos: US$ 51.111
Egito: US$ 29.278.778
Bovinos vivos: US$ 17.142.998
Milho: US$ 7.968.822
Carne bovina in natura: US$ 2.699.831
Pimenta piper seca, triturada ou em pó: US$ 769.148
Sementes de oleaginosas (exclui soja): US$ 561.731
Arábia Saudita: US$ 20.614.615
Soja em grãos: US$ 9.481.524
Carne bovina in natura: US$ 3.151.116
Milho: US$ 2.833.116
Bovinos vivos: US$ 2.521.740
Sementes de oleaginosas (exclui soja): US$ 2.161.621
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28.04.25 8h39
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