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Peixe começa a baratear no Ver-o-Peso, mas ainda não está no preço ideal, dizem consumidores

Expectativa é que valores caiam mais a partir de julho, quando termina o período de férias do verão amazônico

Gabriel da Mota
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Com a chegada de junho e o avanço do verão amazônico, os consumidores de Belém já percebem uma leve queda no preço do peixe no mercado do Ver-o-Peso, considerado o local onde se encontra o pescado mais barato da capital. A mudança marca o início da chamada “safra dos peixes”, quando a estiagem faz os rios baixarem e a concentração de peixes facilita a captura, aumentando a oferta. No entanto, apesar do alívio inicial no bolso, o cenário ainda está longe do ideal — tanto para quem compra quanto para quem vende.

Segundo o peixeiro Raimundo Nonato Costa, 70, o movimento de baixa nos preços começa neste mês, mas ainda há margem para redução. “É a safra dos peixes. No final do ano, no período do defeso, fica tudo proibido. Os peixes ficam ovados e aí o preço sobe. Agora, no segundo semestre, melhora. A partir de abril já começa a liberar a pesca”, explica. Entre as espécies mais procuradas, ele cita a dourada e a pescada gó:

“A gó era R$ 15, já dá pra encontrar a R$ 12 o quilo e ainda vai baixar mais. Pode chegar a R$ 10, até R$ 7 ou R$ 6. O filé da gó é o dobro disso”.

image Raimundo Nonato Costa, 70, vendedor de peixe (Ivan Duarte / O Liberal)

A tendência, no entanto, é que os preços caiam de forma mais significativa apenas depois de julho, como explica outro peixeiro que preferiu não se identificar. “Em junho e julho, os prefeitos dos municípios da região do Salgado ‘prendem’ o peixe – gó, xaréu, serra – porque é período de férias e tem muita gente pra lá. Pra eles liberarem vir pra cá em grande quantidade e mais barato, só depois das férias escolares”, relata.

Consumidores esperam quedas maiores nos preços

A aposentada Rosimeire Santiago, 60, costuma ir ao Ver-o-Peso toda semana e já conhece bem o ritmo das variações de preço. “Ainda tá meio salgado. Ainda não tá o preço que a gente quer que fique”, disse, depois de visitar várias barracas. Ela costuma comprar dourada e gó, e encontrou o quilo da primeira por R$ 15 (inteira) e o da segunda por R$ 12.

“Pra mim, o ideal seria R$ 10 a gó, que eu já comprei desse preço, e a dourada de R$ 12. E sempre observo que a partir do segundo semestre o preço começa a melhorar. Tem as férias, o movimento de pessoas cai, aí fica mais barato”, conta.

image Rosimeire Santiago, 60, aposentada (Ivan Duarte / O Liberal)

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), um balanço atualizado com os valores médios da cesta de peixes em Belém deve ser divulgado até o final desta semana.

Preços do pescado no Ver-o-Peso (1ª semana de junho/2025)

  • Piramutaba: R$ 8
  • Pescada gó: R$ 10
  • Pescada branca (miúda): R$ 10
  • Curimatã: R$ 10
  • Pescada branca (graúda): R$ 13
  • Pescada amarela: R$ 15
  • Filé de gó: R$ 15
  • Matrinxã: R$ 15
  • Filé de dourada: R$ 20
  • Gurijuba: R$ 25
  • Filé de filhote: R$ 25

Fonte: pesquisa feita pela reportagem.

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