Pará registra alta de 63,5% nas exportações este ano

Saldo teve um superávit de US$ 22,2 bilhões

Natália Mello / O Liberal
fonte

O Pará registrou um crescimento de 63,5% na exportação de produtos nos primeiros nove meses de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado, o que garantiu o 4º lugar no ranking de estados exportadores do Brasil, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal. Os dados da balança comercial revelaram, ainda, uma alta de 23,4% nas importações no mesmo período – o Estado ficou em 17ª posição no ranking da importação entre os outros estados brasileiros – e um superávit no saldo, que bateu os US$ 22,2 bilhões.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, foram US$ 23,3 bilhões em exportações – o Estado teve 11,06% de participação nas exportações do Brasil – e US$ 1,1 bilhão referentes à importação. Os principais produtos enviados para comercialização fora do país foram, majoritariamente, provenientes de minérios, com os de ferro e seus concentrados. responsáveis por 76% da exportação (US$ 17,7 bilhões); cobre e seus concentrados com 8,1% da exportação (US$ 1,9 bilhão); e alumínio, com 3,8% da exportação (US$ 880 milhões).

Segundo a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, as commodities (minério) “seguram” a economia do estado e conseguem passar esse know-how (experiência comercial) com relação a esse segmento. “Ao mesmo tempo, faz com que a gente consiga trabalhar outros produtos com maior valor agregado, podemos citar a carne, o pescado, o suco de frutas, que está indo mais beneficiado para o mercado internacional”, explica.

Ainda de acordo com Cassandra, no saldo da exportação – resultado da exportação menos a importação, o Pará figura na primeira posição entre os estados brasileiros. “Ele se mantém no quarto lugar no ranking da exportação, só perdendo para estados do sudeste, mas figura em primeiro lugar no saldo da exportação menos a importação. Isso confirma o seu perfil exportador, onde ele é superior e vende muito mais, consegue contribuir e ser bem mais forte na balança comercial brasileira”, finaliza.

No ano passado, o mesmo período garantiu US$ 20,6 bilhões em exportação no Estado, uma variação de 15,5% em relação à 2019 – o estado teve participação em 9,91% nas exportações do país – e US$ 1,1 bilhão referentes à importação. Os principais produtos continuam sendo os minérios, os de ferro responsáveis por 68% da exportação (US$ 14 bilhões); cobre com 9,4% (US$ 1,94 bilhões); e alumínio com 5,9% (US$ 1,21 bilhão).

Cenário nacional

No Brasil, em 2021, foram US$ 213,3 bilhões em exportações de janeiro a setembro, uma variação de 37% se comparado ao acumulado do mesmo período do ano passado. O saldo registrou um superávit, e ficou em US$ 56,5 bilhões. Nesses mesmos nove meses do ano, as importações no país chegaram a US$ 156,7 bilhões, registrando uma alta de 36,4% em comparação ao mesmo acumulado de 2020.

Os princiais destinos dos produtos comercializados ao exterior foram China, Estados Unidos, Argentina, Holanda, Chile, Espanha, Coreia do Sul, Singapura, México e Japão. Ainda a nível nacional, os minérios lideram dentre os produtos exportados, com US$ 36,5 bilhões e 17% da exportação do país; seguido da soja, com US$ 34,3 bilhões e 16% da exportação do Brasil; e, em terceiro lugar no ranking, óleos brutos de petróleo ou minerais, com US$ 22,5 bilhões e 11% da exportação.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA