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Pará não confirma adesão à greve nacional de pilotos e comissários de voo

Paralisação, prevista para a próxima segunda-feira (29), conta com a adesão de 50% de toda a categoria no país

Natalia Mello / O Liberal
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Após o anúncio da greve de pilotos e comissários de voo a partir da próxima segunda-feira (29), em todo o Brasil, confirmada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a reportagem do jornal O Liberal buscou saber como o segmento da aviação no Pará se posiciona diante do indicativo. Um trabalhador do setor, que preferiu não se identificar, afirmou que apesar da decisão tomada em assembleia da categoria, não há confirmação de adesão à greve por parte dos funcionários de companhias aéreas paraenses.

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Ainda de acordo com o entrevistado, a movimentação nacional existe e todo o trâmite foi feito de forma digital, com reuniões online feitas pelo Sindicato, que esperava uma contrapartida das companhias aéreas em relação ao pedido de reajuste. A paralisação ocorre por tempo indeterminado e se deve à intransigência das companhias aéreas nas negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.

“O que eles propuseram ficou muito abaixo de qualquer índice, como INPC, inflação. É possível que todos os funcionários de todas as companhias aéreas adiram, mas não temos como afirmar com certeza. Mas a greve é até que façam uma proposta que seja aceita por pilotos e comissários de todas as companhias aéreas, e se ocorrer, vai afetar, sim, voos em Belém e em todo o Pará”, pontuou.

De acordo com nota do SNA, os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço. O salário defasado de dois anos é o principal motivo da greve. Os trabalhadores afirmam que, com a pandemia, não pararam de trabalhar e, inclusive, muitos ficaram de licença não remunerada, ou seja, à disposição da empresa, mas sem remuneração.

“Quase 90% de todos os pilotos e comissários ficaram de licença não remunerada em todas as companhias e, mesmo assim, não abandonaram as empresas. Quando houve a retomada dos voos, as empresas demonstraram que tinham dinheiro em caixa. Agora que os voos normalizaram e estão lotados, as empresas não estão abertas para negociação do aumento”, concluiu.

Além de apresentar proposta muito aquém do patamar que possibilitaria recompor as perdas salariais, já rejeitada pela categoria, o sindicato patronal ainda negou a ultratividade da atual CCT, ou seja, não garantiu a manutenção das cláusulas atuais da convenção em caso de um novo acordo não ter sido fechado até a data-base (1º de dezembro).

A Latam Airlines Brasil informa que tomou conhecimento da decisão e que acompanha os desdobramentos do movimento, e ainda, por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), busca o entendimento com todos os tripulantes para resolver de forma conjunta as consequências da pandemia. A empresa afirma ainda que os voos programados para a próxima semana serão mantidos e informará se houver qualquer alteração ou eventual impacto para seus clientes.

A Gol e a Azul foram procuradas pela reportagem para informar sobre os voos, mas não retornaram a demanda até o fechamento da matéria.

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