Petrobrás vai participar de programa para recuperar florestas nos estados da Margem Equatorial
O acordo prevê chamadas públicas para selecionar projetos de recuperação de áreas degradadas na agricultura familiar com uso de sistemas agroflorestais

A Petrobras anunciou a adesão ao Programa Nacional de Florestas Produtivas, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) voltada à restauração de áreas degradadas com uso de sistemas agroflorestais. Uma das metas do programa é recuperar, no mínimo, 4,5 mil hectares nos estados da Margem Equatorial, região estratégica para o país por seu alto potencial petrolífero e de gás.
O acordo entre Petrobras e MDA prevê a abertura de chamadas públicas para seleção de projetos voltados à recuperação de áreas degradadas na agricultura familiar, com uso prioritário de sistemas agroflorestais. Os projetos serão desenvolvidos em regiões como a Margem Equatorial, que abrange parte do litoral do Amapá, Pará e Maranhão.
O programa será uma das vitrines do governo federal durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 30, marcada para novembro de 2025 em Belém. A proposta une recuperação ambiental com estímulo à produção rural, por meio da integração entre lavoura, pecuária e floresta, incentivando cultivos economicamente sustentáveis como cacau, açaí, cupuaçu e maracujá.
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Parceria estratégica para clima e produção
“Estamos muito felizes com essa parceria que vai ajudar a alavancar o Programa Florestas Produtivas. Esse programa tem como objetivo manter a floresta em pé, com a recuperação de áreas degradas e, ao mesmo tempo, garantir renda a quem vive nela com o incentivo de cultivo de alimentos rentáveis”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, segundo nota da Petrobras.
Ainda segundo o ministro, a iniciativa é estratégica na resposta do Brasil à crise climática. “Nós queremos recuperar a cobertura vegetal com espécies produtivas para desenvolver o meio rural. A Petrobras então entra agora nesse programa com toda força para a gente dar uma resposta brasileira ao tema climático. Hoje é um dia histórico”, declarou Teixeira.
Compromisso com economia de baixo carbono
A diretora executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, destacou o caráter socioambiental da iniciativa. “Este acordo representa um importante passo em nossa jornada rumo a uma economia de baixo carbono. A Petrobras reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento social, unindo forças com o MDA para fortalecer a agricultura familiar e a conservação ambiental”, afirmou.
O Programa Nacional de Florestas Produtivas já conta com R$ 200 milhões destinados à restauração da vegetação no Arco do Desmatamento — faixa que vai do leste do Maranhão ao Acre. Do total, R$ 150 milhões foram aportados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Amazônia, e R$ 50 milhões pela Caixa Econômica Federal, através do Fundo Socioambiental CAIXA.
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
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