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Novo mínimo vai injetar de R$ 179 milhões na economia paraense, em janeiro

Valor decorre do acréscimo de 7,42% à remuneração básica, o que representa um ganho real de 1,41%

O Liberal

Depois de circular a informação de que poderia chegar a R$ 1.320, a partir de janeiro deste ano, o salário mínimo foi fixado, pelo governo federal, em R$ 1.302, conforme já estava previsto em Medida Provisória assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, antes de deixar o cargo. No Pará, cerca de dois milhões de trabalhadores serão beneficiados com o reajuste do mínimo, que representa um acréscimo de 7,42% em relação ao valor anterior (R$ 1.212), mas um ganho real de apenas 1,41%, já que a inflação acumulada no ano foi de 5,93%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE). De toda forma, este é o primeiro reajuste acima da inflação dos últimos quatro anos. 

De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), o valor causará um impacto de cerca de R$ 179 milhões na economia paraense, em janeiro. Em toda região Norte3,9 milhões de pessoas devem receber a remuneração básica em janeiro, e a região pode ter injeção de R$ 351,4 milhões ainda neste mês. 

Segundo o economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Pará e do Amapá (Corecon-PA/AP), Nélio Bordalo Filho, o montante adicional de cerca de R$ 179 milhões vai beneficiar todos os trabalhadores, do setor público e privado, como também os aposentados e pensionistas do  Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), alcançando benefícios como o seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o que deve favorecer, principalmente, as atividades do comércio, sobretudo as relacionadas com alimentos. 

“Apesar de não ser um reajuste significativo para o trabalhador, já é um indicativo de que o reajuste foi acima da inflação, consequentemente com ganho real, e esse montante deverá ser usado principalmente para aquisição de alimentação, sobretudo para as famílias que ganham até um salário mínimo”, pontua.

A empregada doméstica Maria Claudiana Martins, de 50 anos, trabalha, desde jovem, na casa de famílias de Belém. Hoje, ela está apenas em uma residência e tem carteira assinada, com todos os direitos assegurados. Para ela, que mora sozinha, e também costuma fazer bicos para complementar a renda, o reajuste é bem-vindo, mas poderia ser um pouquinho maior. “Hoje em dia está tudo muito caro, então, a gente esperava um pouquinho mais, porque as despesas do dia a dia são altas. Eu não gasto tanto com alimentação, porque almoço todos os dias da semana no meu trabalho, mas o gasto, por exemplo, com serviços como energia elétrica, por exemplo, é muito alto. Então, qualquer dinheiro que entre a mais ajuda, com certeza”, explica. 

O garçom Bruno Leite, de 29 anos, trabalha em um restaurante há dois anos e também sobrevive com um salário mínimo, junto com a família. Para ele, um reajuste maior seria providencial. “Um aumento maior com certeza seria bem melhor para todos nós, porque hoje realmente está muito difícil de viver apenas com um salário mínimo. A gente tem que pagar aluguel, luz, água, tanta coisa, fora alimentação. Então, realmente é muito complicado de sustentar a família assim”, lamenta. 

Sobre o novo salário mínimo: 


Leia mais: 

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O salário mínimo serve de referência para 56,7 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24,2 milhões de beneficiários do INSS

 

 

  • O novo salário mínimo é de R$ 1.302, um reajuste de 7,42% em relação ao valor anterior, de R$ 1.212

  • O novo valor do salário mínimo representa um ganho real de 1,41% para os trabalhadores, já que o INPC-IBGE ficou em 5,93%

  • Este é o primeiro reajuste acima da inflação nos últimos quatro anos

  • O salário mínimo alcança cerca de 2 milhões de trabalhadores no Pará e 3,9 milhões em toda a região Norte

  • O impacto na economia da região será de 351,4 milhões, dos quais R$ 179 milhões apenas na economia paraense

 

 
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