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No Pará, comércio varejista regista em abril a maior alta para o mês dos últimos 20 anos

Após quatro meses de quedas consecutivas, as vendas no comércio varejista do Pará subiram 7,1% na passagem de março para abril.

Laís Santana

O Pará registrou crescimento de 7,1% nas vendas do varejo em abril, maior alta para o mês em 20 anos. Entre as 27 unidades da federação, o Estado teve o 9º melhor resultado, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação do instituto, o aumento no volume de vendas se deu em função ao fim do lockdown e a flexibilização das medidas de combate a pandemia de Covid-19. 

No ano, o setor acumula alta de 14,6%, mesmo ocorrendo queda consecutivas. Nos últimos 12 meses a variação acumulada é de 14,1%. O aumento de abril superou a queda (-5,2%) observada na passagem de fevereiro para março.

“O que observamos é que está aumentando a volatilidade mês a mês. Se olharmos os últimos índices, veremos que o comércio está tendo movimentos de mais ganhos e mais perdas. Um mês acaba rebatendo o outro, porque em um mês teve uma receita maior e no outro teve uma receita menor. Há também algumas antecipações de promoções em alguns setores”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. 

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Belém, atribuiu a demanda reprimida de consumidores o aumento que era previsto desde maio. De acordo com a organização, a movimentação do varejo foi sentida nas principais cidades do Estado. “Havia uma necessidade da população se movimentar e adquirir bens que estavam precisando. Essa é uma alta muito importante, pois traz otimismo para o setor.  No tocante da geração de renda e empregos nós também tivemos um bom percentual de empregos com carteira assinada e muitas empresas que estavam enfrentando dificuldades começaram a reverter este quadro”, destaca Alvaro Cordoval, presidente da CDL Belém. 

A alta no volume de vendas observada em abril (7,1%) foi a maior para o mês em toda a série histórica da pesquisa, iniciada no ano 2000. Na comparação com o mesmo período de 2020, a alta foi de 40,4%. “Em abril de 2020, pico da pandemia, foi o maior tombo do índice na série histórica da PMC (-18,8). Então quando olhamos para essas grandes variações, precisamos lembrar que muitas dessas lojas declararam uma perda muito grande de receita. Por exemplo, se uma loja tinha um faturamento de R$ 100 mil e em abril ela só vendeu 10%, depois, se ela crescer 100%, ela passa de R$10 mil para R$20 mil. Ou seja, o patamar ainda está muito baixo em relação ao cenário que se tinha antes da pandemia”, explica Cristiano.

A CDL Belém aponta que para o mês de maio e junho a previsão de crescimento das vendas no varejo é de 10%, considerando datas comemorativas importantes em ambos os meses. 

Hozana Arruda, proprietária de uma loja de confecções no centro comercial de Belém, aponta que a reabertura do comércio deu aos consumidores confiança para voltar as compras. 

“As pessoas ficaram um bom período  sem comprar porque ninguém saía  de casa, mas agora com um certo controle  da pandemia junto com a vacinação trouxe auto confiança nas pessoas. Com isso, o poder de compra  está crescendo”, afirma. 

A empresária acredita que os índices continuaram apontando alta. “O faturamento  do mês de abril foi razoável. Agora mês de maio houve um crescimento  nas vendas de varejo acima 15%. O crescimento foi maior a partir de abril e maio”, acrescentou. 

 

Nacional 

O volume de vendas do comércio varejista nacional registrou aumentou de 1,8%, frente a queda de 1,1% em março, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral cresceu 0,4%, frente ao trimestre encerrado em março (-0,2%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista teve alta de 23,8% frente a abril de 2020, a segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano chegou a 4,5%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 3,6%.

 

Comércio varejista ampliado

As vendas no comércio varejista ampliado - que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção – também apresentaram alta em abril, chegando a marca de 11,1% em abril, após caírem 6,7% em março. O resultado foi o maior para um mês de abril em toda a série histórica da pesquisa, alavancado em parte pelo retorno do auxílio emergencial. Na comparação com o resultado do mês no ano passado, o crescimento também foi o mais alto já registrado (53,2%). O aumento recorde é explicado pela base de comparação baixa. 

 

Veja como foi a trajetória de crescimento no Pará nos últimos 12 meses:

Em abril/2021 houve alta de 7,1%;

De jan-abr/2021 a alta acumulada foi de 14,6%;

Nos últimos 12 meses a variação acumulada é de 14,1%.

Fonte: IBGE

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Economia
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