Mesmo sem reajuste, preço do caranguejo e do camarão desagrada consumidores de Belém

Na Feira da 25, há poucos caranguejos às 9h, porque quem compra o crustáceo vai aos pontos de venda bem cedo

Elisa Vaz
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O custo do caranguejo e do camarão na capital paraense tem desagradado consumidores. Embora não tenha havido nenhuma alta recente de preço em Belém, quem consome esses alimentos com frequência diz que fica cada vez mais difícil encaixar no orçamento. Os vendedores, por outro lado, alegam que os preços se mantêm estáveis e que só devem subir no segundo semestre.

Na Feira da 25, visitada pela reportagem do Grupo Liberal na manhã desta quinta-feira (23), já havia poucos caranguejos às 9h, porque quem compra o crustáceo vai aos pontos de venda bem cedo. O comerciante Álvaro Paiva diz que, na sua banca, o tipo maior custa R$ 5, o médio R$ 4 e o pequeno sai a três por R$ 10. Segundo ele, esses valores já são observados “há muito tempo”.

Álvaro relata que o movimento de vendas está bom e que o fluxo de consumidores não caiu, até porque este é o melhor momento para comprar caranguejo, de acordo com o vendedor. “Ele engordou. Quando está magro, cai um pouco a venda. Mas agora que ele engordou, a venda começou a melhorar, tanto que agora, 9h da manhã, quase não tem nada. Quem quer comprar o caranguejo ‘graúdo’ tem que vir cedo, depois não tem mais”, afirma.

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Somente a partir de setembro, como adianta Álvaro, é que o preço do caranguejo deve subir. Ele explica que agora é a “época” do crustáceo, que dura até agosto, em média. “Até lá ele está gordo, depois de agosto já começa a se enterrar para trocar de casco, fica magro de novo, que é quando começa a ficar um pouquinho mais caro”.

A professora Lúcia Gomes, de 72 anos, diz que adora comer caranguejo com o marido, mas que, ultimamente, está achando “caríssimo”. “A unidade custa R$ 5, e para comer caranguejo tem que comprar mais de 10, não dá para fazer só um. Já tem muito tempo que eu estou achando caro”, conta. O crustáceo está na mesa do casal quase todo fim de semana, e por isso ela espera que os preços caiam para que o consumo se mantenha.

Camarão

Em relação ao camarão, a situação é a mesma. Vendedor de uma banca na mesma feira, Ramon Lima destaca os preços praticados no local: o camarão salgado varia de R$ 43 até R$ 58, dependendo do tamanho. Já o camarão rosa tem os seguintes custos: 50 unidades por R$ 45 o médio; 60 por R$ 55 o grande; e 70 por R$ 65 o extra grande.

“O preço está na mesma base, estável. Devemos ter um aumento agora, porque quando chega a época de defeso, ele aumenta um pouco, fica mais difícil pegar o camarão e sobe o valor. Fica nesse período de julho a agosto”, adianta. Quanto ao movimento, ele diz que está normal e que, geralmente, o fluxo maior é nos finais de semana e feriados.

O aposentado Silvério Silva, de 77 anos, estava na feira e aproveitou para degustar o camarão salgado. Segundo ele, que é de Bragança, os preços em Belém estão muito altos. “Está absurdo, muito caro. Eu sou bragantino e o nosso camarão de lá é excelente. É muito bom. E aqui o camarão salgado o preço está alto”, comenta. Ele escolheu o tamanho que tinha o melhor preço na faixa dos R$ 40, mas, como ele compra apenas de vez em quando, o custo não faz tanta diferença no bolso.

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