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MEIs paraenses dizem que aumento da contribuição não deve impactar orçamento

Para os microeemprendedores, valor ainda é considerado baixo se comparado aos benefícios proporcionados pela condição de MEI

O Liberal
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Como acontece anualmente, com o aumento do salário mínimo, também são reajustados benefícios como aposentadorias e pensões, e contribuições que têm o mínimo como base, como são os microempreendedores individuais (MEIs). Nesse caso, com o reajuste do mínimo para R$ 1.320,00, a contribuição previdenciária passará a ser de R$ 66 (5% do salário mínimo). Já o MEI Caminhoneiro pagará R$ 158,4 de contribuição previdenciária (12% do salário mínimo).

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Para os microempreendedores paraenses, no entanto, apesar da alta, manter o MEI é fundamental para dar mais confiabilidade e atrair mais clientes para o negócio. O custo-benefício, para eles, é positivo. A publicitária Ana Paula Mota, de 38 anos, criou, em 2020, uma marca chamada Chuva de Cor, que oferece acessórios feitos em cerâmica plástica. Com a pandemia e a necessidade de trabalhar de casa, Ana Paula, que antes trabalhava em uma agência de publicidade, decidiu se dedicar de vez ao novo negócio, que começou a crescer. Ela optou, então, por se tornar uma Microempreendedora Individual (MEI). 

“Eu tirei o MEI porque é muito importante pra gente comprar alguns produtos, ter a maquininha de cartão e outras questões. Foi a melhor coisa que eu fiz, pois consegui fazer o registro da minha marca pagando um valor muito baixo por ser microempreendedora e, também, minha ideia era poder participar de eventos, como editais, e ter ajuda do próprio Sebrae. Além de tudo, o MEI nos dá a possibilidade de ter um CNPJ e emitir nota fiscal, o que é fundamental. São muitas facilidades que o MEI dá e eu acho que o valor da contribuição mensal é pequeno, mesmo comparando com os descontos que eu tinha em carteira quando eu era regida pela CLT”, explicou. 

Além disso, para Ana Paula o MEI também garante o futuro, pois acaba sendo uma contribuição para o INSS e, por conseguinte, para aposentadoria. “Como MEI, a gente pode faturar até cinco mil reais por mês e, se eu fosse comparar os descontos que eu teria em cima de um salário de cinco mil reais, com certeza seriam muito maiores. Por isso eu acho que vale muito a pena continuar sendo MEI, pois ele representa o mínimo de contribuição e oferece uma diversidade de facilidades, como emitir nota fiscal e poder comprar de alguns fornecedores com CNPJ”, pontuou. 

MEI gera mais segurança para os negócios

A mesma ideia tem o universitário Felipe Schuster, de 28 anos, que tem uma pequena empresa de comunicação e marketing, por meio da qual oferece serviços de criação de imagens, edição e gravação de vídeos, além de produção de podcasts. Ele conta que decidiu se tornar MEI a partir do momento em que viu a demanda de trabalho aumentar e, com isso, a necessidade de apresentar algo mais concreto e seguro para os clientes, além da ideia de poder contribuir com a Previdência Social.

“A importância disso pro meu trabalho é exatamente eu conseguir emitir uma nota fiscal em nome da empresa, o que gera maior confiabilidade para o meu cliente. É um valor bem acessível, que a gente consegue pagar com certa tranquilidade, então, vale a pena, tendo em vista todos os benefícios. Mesmo com o reajuste de agora, por conta do aumento do salário mínimo, vai continuar valendo a pena sim. Até porque o aumento do salário mínimo é bom pra todo mundo, pois fomenta ainda mais a economia”, avaliou. 

Para o analista do Sebrae no Pará, Rafael Vasconcelos, formalizar o seu negócio como MEI ou como outra modalidade é necessário, pois significa sair do estado de informalidade, tornando-se um empreendedor reconhecido, com todos os seus direitos garantidos por lei. Segundo ele, esse é um processo simples e nada burocrático. “Na verdade, há uma ideia comum de que a formalização é demorada e burocrática, sendo que na verdade é um processo simples, mais ainda no caso do MEI. Donos de pequenos negócios podem, portanto, procurar o Sebrae, que está sempre à disposição para colaborar com esses empreendedores, tirando dúvidas e ajudando no processo. Hoje, sem dúvida, o nosso público maior é o MEI”, informou. 

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