Locadores de imóveis por temporada devem ficar em alerta para não cair em golpes

Saiba como se proteger de estelionatários nesse período de férias escolares

Daleth Oliveira

Com as férias de janeiro e festas de final de ano, a procura por aluguéis de imóveis para temporada aumenta. Mas é preciso ter cuidado no momento de fechar o contrato para não cair em golpes.

Após encontrar o anúncio de hotel para passar um feriado com a família em Salinas, um morador de Belém acreditou que estava fazendo um negócio seguro. O professor João Guilherme Pereira, de 68 anos, chegou a pagar quase R$ 2 mil adiantado pela estadia. Mas, na verdade, acabou vítima de estelionato.

A psicóloga Larissa Sales, filha do senhor, contou como tudo aconteceu. “Nós fizemos a reserva pelo Booking, plataforma popular de aluguel para viagens. Já conhecíamos o site, mas esta foi a primeira vez que tivemos problemas. Queríamos ficar cinco dias em um resort na praia, mas ao chegar lá, não havia nenhuma reserva no nome do meu pai”, relatou.

“Na recepção do hotel chegamos à conclusão de que fizemos a reserva com alguém que não repassou os valores para o hotel e por isso, para ficarmos ali, teríamos que pagar. Só não tivemos prejuízos maiores porque conseguimos o estorno do pagamento pela operadora do cartão de crédito utilizado na transação. Apresentamos um Boletim de Ocorrência (BO) e a declaração do hotel informando que não havia sido efetuado o pagamento e deu tudo certo no final”, detalha Larissa.

Hoje em dia, ela e os familiares têm atenção redobrada na hora de alugar um imóvel. “Não fazemos mais reservas por site. Agora a gente procura pessoas de confiança para alugar, tratando com quem já conhecemos ou que alguém tenha nos recomendado, mas jamais com desconhecidos”, conclui a psicóloga.

Cuidados

O advogado especialista em direito do consumidor Antônio Gama dá dicas para diminuir os riscos de golpes. “O primeiro passo é procurar pela estadia em aplicativos mais famosos e confiáveis. Segundo, se não é através das plataformas, se for direto com uma empresa, verificar se alguém, de preferência algum conhecido, realmente se hospedou ali”, indica.

“Além disso, é necessário verificar histórico e reputação no Reclame Aqui ou até mesmo no Google. Então, todo cuidado é pouco. Eu sempre falo que o consumidor deve ser desconfiado, porque com desconfiança, ele vai ter todas as cautelas do mundo”, recomenda Gama.

Mas se com todo o cuidado, ainda assim a pessoa cair no golpe, ela deve imediatamente registrar um BO, diz o advogado. “A primeira coisa que se faz quando se percebe que foi vítima é formalizar a situação com a Polícia. E aí nós temos a possibilidade de fazer a denúncia até de forma online, na Delegacia Virtual. Às vezes o valor perdido é pequeno e o consumidor não se interessa em levar para frente a denúncia, mas quando o valor é grande, é bom ir em uma delegacia presencialmente denunciar e solicitar um inquérito”, aconselha.

“Se a compra for com empresas, é importante registrar também nos sites de avaliação como o Reclame Aqui por exemplo, para evitar que outras pessoas também sejam vítimas”, finaliza.

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