Lançamentos de imóveis para venda cresceram 78,7% em Belém

Na região Norte, aumento da quantidade de unidades foi de 43%

Abílio Dantas

O número de lançamentos de novos imóveis para vendas, em Belém, aumentou 78,7% em julho, agosto e setembro deste ano em comparação com o terceiro trimestre de 2018. Na região Norte, o crescimento da quantidade de unidades lançadas no mesmo período analisado foi de 43%, já que em 2019 foram anunciadas 1.756 residências contra 1.228 no ano anterior. Os dados são do levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que divulgou, na segunda-feira (25), a mais recente rodada dos Indicadores Imobiliários Nacionais.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), Alex Dias, afirma que o crescimento é significativo, mas que ainda poderia ser maior não fossem empecilhos encontrados pela economia nacional, o que traz preocupações.

“Houve um crescimento de oferta, assim como de unidades comercializadas no mercado. Se levarmos em consideração as dificuldades que tivemos em 2018, foram observados avanços significativos. No entanto, ainda não temos motivos para comemorar. Mesmo com o aumento de oferta e de procura, ainda nos deparamos com escassez de orçamento devido ao contingenciamento do recurso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, analisa Dias.

De acordo com o dirigente do Sinduscon, em outubro, o estado do Pará ficou sem orçamento disponível do FGTS para que fosse possível tanto financiar a produção de novos imóveis quanto garantir o financiamento de empréstimo aos candidatos a recebedores, também chamados de mutuários.

“Estamos na dependência de que haja o remanejamento dessa dotação para que o Pará volte a ter recursos para poder financiar imóveis para a população que utiliza o FGTS, que são principalmente os cidadãos de renda mais baixa. Além do remanejamento, já foi apresentado pelo Conselho Curador do FGTS que há a necessidade de um aporte adicional para as operações de financiamento, para que não finalizemos o ano com vendas que não foram concretizadas por falta de orçamento ou mesmo sem a contratação de novos empreendimentos por ausência de aporte”, informa o representante do sindicato.

O mercado imobiliário nacional teve também em julho, agosto e setembro de 2019, mais da metade do número de vendas de imóveis referentes ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), o que somou 50,7% do total.  Todos os outros padrões representaram 49,3% das vendas, ainda de acordo com a CBIC.

Outro dado relevante apontado na pesquisa é que cresceu de 45,9% para 56,9% a representatividade de imóveis do MCMV sobre o total de lançamentos em relação aos demais padrões imobiliários, comparando os terceiros trimestres de 2018 e 2019.

Apesar do crescimento representado pelo programa habitacional, o Governo Federal anunciou em setembro que o orçamento do Minha Casa, Minha Vida será reduzido de R$ 4,6 bilhões para R$ 2,7 bilhões.

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