IBGE estende cobertura das pesquisas por empresa a todas as regiões do Pará e Amapá
Evento realizado em Belém reuniu mais de 100 participantes e reforçou a importância da cooperação entre instituições para fortalecer a produção estatística no Pará e no Amapá

A ampliação da cobertura territorial das pesquisas econômicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o uso estratégico dos dados para o desenvolvimento regional foram os principais temas debatidos no II Seminário Estadual das Pesquisas por Empresa, realizado nesta quarta-feira (28), no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Pará (Fecomércio/PA), em Belém. Considerando a coleta realizada este ano, referente ao exercício de 2024, todas as regiões do Pará e do Amapá passam a ser incluídas nas amostras — antes, os levantamentos se restringiam à Região Metropolitana de Belém e à capital amapaense.
O seminário reuniu técnicos da superintendência estadual e da Diretoria de Pesquisas do Instituto, no Rio de Janeiro, além de representantes de instituições como Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), Sistema Fecomércio SESC/SENAC-PA, Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PA), Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/PA) e Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). Mais de 100 pessoas participaram, entre representantes de empresas dos setores industrial, comercial e de serviços, entidades patronais, escritórios de contabilidade, instituições públicas e privadas, pesquisadores e estudantes.
O analista Claudiomiro Oliveira destacou que as Pesquisas Econômicas por Empresas são essenciais para a mensuração do Produto Interno Bruto (PIB). “O Produto Interno Bruto (PIB) — principal indicador do desempenho econômico de um país, estado ou município — é construído a partir de diversos dados, entre eles os das Pesquisas Econômicas por Empresas. Informações como receitas, despesas e estoques são fundamentais para compor o cálculo do PIB e ajudam a embasar políticas públicas e decisões estratégicas sobre o desenvolvimento do país”, explicou.
O superintendente do IBGE no Pará, Rony Helder Cordeiro, destacou o papel das instituições parceiras. “O IBGE conta com o apoio fundamental das instituições representativas de classe. Esses dados subsidiam a formulação de políticas públicas e também ajudam a avaliar os impactos das políticas já implementadas”, afirmou. Ele também agradeceu o trabalho das 22 agências do Instituto distribuídas pelo Pará, destacando a capilaridade da atuação.
O presidente do CRC-PA, Ailton Ramos, também ressaltou a contribuição da contabilidade para a produção de dados econômicos confiáveis. “Diminuir riscos para as empresas e para a gestão pública é um dos nossos compromissos”, afirmou. Já o presidente da Fapespa, Marcel Botelho, defendeu a gestão compartilhada de dados entre os órgãos públicos e o fortalecimento da ciência e da estatística como pilares do desenvolvimento.
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