Haddad terá 10 dias para dialogar sobre alternativas a decreto do aumento do IOF, diz Randolfe
De acordo como parlamentar o governo deixou claro que a revogação do decreto levaria a paralisação da máquina pública

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou na quarta-feira, 28, após a reunião de Fernando Haddad com a cúpula do Congresso, que o ministro da Fazenda terá dez dias para dialogar sobre alternativas ao decreto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As alternativas foram apresentadas pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Tem dez dias para o governo pensar. O decreto está mantido. O governo externou que a revogação do decreto tem uma consequência clara: a consequência é shutdown, a paralisação da máquina pública”, disse Randolfe.
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O senador explicou que os mais de 20 Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) que buscam derrubar a medida do governo devem ser votados daqui a duas semanas, pois o Congresso não terá sessões deliberativas na próxima semana, em razão de uma reunião do Brics.
“Os PDLs não foram votados hoje, quarta-feira. Semana que vem tem reunião dos Brics, então não há sessão formal em nenhuma das Casas do Congresso Nacional para apreciação. Obviamente, são os dez dias que terá o ministro da Fazenda para dialogar com o presidente da República”, afirmou o líder do governo no Congresso.
Na quarta, Haddad também se reuniu com o presidente da Febraban, Isaac Sidney. “Tem propostas de toda ordem e natureza. Essas propostas vão ser deglutidas e dialogadas. Tem um prazo para a avaliação delas”, disse Randolfe, sem detalhar as alternativas.
A reunião foi realizada com o objetivo de se chegar a um acordo sobre o decreto que aumenta o IOF. O encontro ocorreu na véspera da reunião de líderes da Câmara, que deve discutir os projetos que pedem a derrubada da medida anunciada pela Fazenda. A pressão em torno dessas proposições cresceu na Câmara ao longo da semana, assim como as sinalizações de deputados — especialmente da oposição — para que o governo eventualmente recue sobre o tema.
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