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Guedes projeta taxa de desemprego de 8% até o final do ano

No Pará, eventos e datas devem impulsionar comércio e gerar empregos

O Liberal
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A taxa de desemprego no Brasil, atualmente em 9,3%, pode cair para 8% até o final do ano. A previsão é do ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi anunciada nesta sexta-feira (9) durante a abertura do congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Brasília.

Na avaliação de Guedes, o Brasil está entrando em longo ciclo de investimentos e a economia está em situação melhor que a de países desenvolvidos, que estariam entrando em recessão, e que a de outros países latino-americanos, que estariam desmanchando.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a taxa de desemprego atingiu, no trimestre encerrado em junho, o menor nível para o período em sete anos. Guedes atribuiu parte da recuperação do mercado de trabalho à melhoria do ambiente de negócios, com a redução da burocracia.

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Em 2021, foram extintos mais de 1.600 empregos para a faixa de idade, segundo apontam os dados do IBGE

O ministro não deu detalhes, mas disse que a equipe econômica coordenada por ele estuda ampliar programas de renegociação de dívidas com o governo. Na opinião de Guedes, o comércio, os serviços e o setor de eventos devem ter as mesmas possibilidades para regularizar os débitos que outros segmentos afetados pela pandemia de covid-19 tiveram nos últimos anos. Segundo o ministro, o novo modelo de renegociação já está pronto. 

Guedes repetiu declarações recentes de que, diferente de outros países, o Brasil atravessou a pandemia sem que a dívida pública explodisse. Em 2019, a dívida bruta do governo geral estava em 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Com os gastos extras relacionados à pandemia, chegou a 88,8% em 2020. Mas já caiu novamente, atingindo 78,2% do PIB, um pouco maior que no período pré-pandêmico.

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A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.444,00 no trimestre encerrado em novembro passado

Ele destacou ainda que o Brasil está com o plano de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovado e que empresas europeias passaram a manifestar interesse em investir no Brasil após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Pará deve continuar gerando empregos

O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará, Roberto Sena, também vê os próximos meses com otimismo quando o assunto é geração de emprego. Ele ressalta que mais de 15 mil postos de trabalho, com carteira assinada, foram criados no Pará no primeiro semestre de 2022. Segundo ele, a tendência para o segundo semestre é de continuidade. "Vamos ter mais dinheiro na economia. Teremos o Círio, por exemplo, com projeção alta de turistas. É uma conjuntura grande que se avizinha para estabelecer para tendência de melhora. Uma melhora pequena, creio eu, mas uma melhora", avalia.

Sena também vê os auxílios dos governos federal, estadual e municipal com os salvadores da economia nos últimos dois anos, quando a pandemia de covid-19 impactou negativamente o consumo das famílias. Além disso, ele aponta que a inflação mostra sinais de freio e há uma série de datas e eventos que costumam animar o comércio, como a Copa do Mundo, o Dia das Crianças e o Natal.

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O Estado encerrou o segundo trimestre desse ano com quase 3,8 milhões de trabalhadores ocupados

"Mas o poder aquisitivo ainda está muito baixo, pois a inflação está ruim. Mas espera-se que as pessoas possam comprar mais, gastar mais. Teremos o 13º salário também. O que pode ajudar a economia é a retomada de obras. Com as eleições, a construção civil aumentou. Também vemos comércio e serviços indo bem, além da agropecuária. Mas é importante falar que o problema do desemprego não está resolvido", alerta. "Esse bom momento depende de algumas condicionantes para continuar. A grande maioria das famílias ainda está endividada, por exemplo, e isso precisa melhorar. Mas, sem dúvidas, fecharemos este ano melhor do que o ano passado". 

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