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Golpe do falso QR-Code: fraude digital cresce e requer atenção dos usuários

Quando a vítima realiza o pagamento, não apenas perde o dinheiro transferido, mas também permanece com a dívida, sofrendo um prejuízo duplo.

Igor Wilson

Criminosos têm utilizado um novo método para desviar pagamentos via Pix, deixando vítimas sem dinheiro e com dívidas pendentes. Esta prática, conhecida como golpe do falso QR-Code, tem se disseminado no mundo dos estelionatários, deixando vulnerável o crescente número de pessoas que optam por pagar contas de serviços básicos como luz, água e telefone dessa forma digital.

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A fraude opera por meio da alteração do código QR presente nas cobranças, sem deixar rastros para o usuário. Para realizar esse golpe, os criminosos se aproveitam da Reboleto, uma ferramenta originalmente destinada a revalidar boletos vencidos, que agora é utilizada para manipular os códigos QR presentes nas cobranças, pois é possível editá-lo.

Quando a vítima realiza o pagamento, não apenas perde o dinheiro transferido, mas também permanece com a dívida, sofrendo um prejuízo duplo. Esse tipo de golpe se aproveita da crescente adesão ao pagamento de contas via Pix, incentivado pelas empresas que oferecem descontos e facilidades em relação aos métodos tradicionais.

Flávia Figueira, advogada e professora de Direito Digital, destaca a importância da cautela por parte dos usuários: "A principal forma de observar se estamos diante de um golpe de QR Code é observar o nome do destinatário do valor, no momento da transação". Ela ressalta que a engenharia dos golpistas está cada vez mais sofisticada, exigindo dos usuários um cuidado redobrado.

Para evitar cair nesse tipo de golpe, é essencial adotar medidas de segurança, como o uso de senhas fortes e únicas, além de programas administradores de senha. Também é recomendado verificar se o email está em bases de dados disponíveis na internet e contratar serviços de monitoramento de fóruns de cibercriminosos.

Em casos de suspeita de fraude, é fundamental entrar em contato imediatamente com o banco e realizar uma análise minuciosa da transação. "Caso haja qualquer tipo de desconfiança, não realize a transação e entre em contato com o banco", enfatiza Figueira.

Diante desse cenário, a vigilância e a cautela se tornam aliadas essenciais na prevenção contra o golpe do falso QR-Code, no entanto, para quem foi vítima desse tipo de crime, é possível cobrar responsabilização da instituição bancária onde a transação foi realizada. Segundo o STF, os bancos têm o dever de evitar fraudes, identificando e impedindo transações que não condizem com o perfil do

“Já existem decisões do STF no sentido de responsabilizar o banco credor, se comprovado que o cliente tomou todas as medidas de segurança adequadas para não ser vítima de golpes como esse”, diz Flávia.
Entretanto, cobrar a instituição bancária é um processo complexo e que requer várias etapas. Para a especialista, a melhor forma, além da atenção máxima, é tentar verificar algum indício que possa levar ao criminoso.

“Observar passo a passo a transação realizada e se possível, principalmente quando se trata de valores transacionados fora do comum. Em caso de dúvida, volte para o início da transação e realize o print das telas pelas quais realizou os passos. Principalmente quando aparecer os dados do beneficiário da transação. Esses dados são de extrema relevância para a identificação e responsabilização do golpista”, diz.

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