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Frango e ovo ficam mais caros em Belém, segundo Dieese

Em 2019, o quilo do frango resfriado ficou 17% mais caro

Abilio Dantas

O preço do quilo do frango resfriado teve alta de 4,35%, em Belém, entre novembro e dezembro de 2019, quando o valor médio passou de R$ 6,35 para a R$ 7,43. De janeiro a dezembro, no entanto, a alta acumulada registrada foi maior, de 17%, o que é apontado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) como um reflexo do aumento do preço da carne, “principal proteína”. No ano inteiro, o preço médio passou de R$ 6,33 para R$ 7,43.

O preço da dúzia de ovos também teve uma alta no mês passado, de 7,16%, em relação ao mês de novembro, com a trajetória de R$ 6,98 a R$ 7,48. Ao todo, em 2019, a alta foi cerca de 13%, já que o produto foi vendido, em média, de R$ 6,62 a R$ 7,48. Apesar do ovo e do frango terem ficado mais caros, ainda são opções mais em conta para a população da capital paraense, já que a carne bovina apresentou alta de quase 45 % no acumulado do ano. O pescado também ficou mais caro, segundo o Dieese, com preços que chegaram a reajustes “muito acima da inflação calculada em cerca de 4,50%” em 2019, informa o relatório do órgão.

Além do frango resfriado, o Dieese calculou também os preços do frango congelado, que ficou 19,53% mais caro, no acumulado do ano, e alta de 8,63% entre novembro e dezembro, passando de R$ 6,14 para R$ 6,67.

O técnico em Economia do departamento de pesquisa, Everson Costa, demarca que a carne vermelha apresentou preço proibitivo em 2019, o que colocou o frango mais uma vez como uma opção de proteína mais acessível para a população de baixa renda. “Historicamente, a carne de frango é um dos produtos mais procurados pelo povo brasileiro. Mas atualmente, em Belém, você pode comprar frango com um terço do valor do quilo de uma carne de primeira”, compara.

A tendência para o início deste ano, ainda segundo Everson Costa, é que o preço do frango não tenha mais aumento. “O início do ano é sempre difícil para o paraense garantir sua alimentação. As hortaliças, que são compradas de outros Estados, ficam mais caras pelo período de chuva. E as fontes de proteína, como já dito, passaram por aumentos. Mas a tendência para os próximos meses é que o preço do frango não aumente mais, fique estabilizado, e a carne vermelha deve começar a baixar”, anuncia.

Com 40 anos de experiência na venda de frango abatido e ovos, o comerciante Carlos Castro, que possui um ponto na avenida Duque de Caxias, afirma que aumentou em cerca de R$ 0,38 o quilo do frango, que ficou em torno de R$ 8,70. “A principal razão, sem dúvida, é o aumento da procura pela população. Sem dúvida, a alta do preço da carne foi responsável por esse novo momento. Comparo com os aumentos no preço da gasolina, pois tudo acaba aumentando, em consequência”, diz o vendedor.

De acordo com Carlos Brito, o fornecedor de ovos que abastece o seu estabelecimento aumentou em 10% a caixa com 360 ovos, que traz 12 cubas, cada uma com 30 ovos. “Antes eu comprava a caixa a R$ 90, agora passou para R$ 100. Por isso, também tivemos que repassar o valor para o consumidor. As pessoas estão preferindo frango e ovo, e digo isso porque eu também tinha um açougue e escolhi fechar. Os preços estavam muito caros e, na minha opinião, a qualidade da carne não estava boa”, relata.

A enfermeira Fátima Xavier, compradora frequente de frango e ovo, não notou diferença significativa no preço das cubas de ovo. Segundo ela, não foi uma mudança que chamou atenção na hora do planejamento de gastos da família. “O frango, por outro lado, agora tem tido um impacto maior. Assim como tem sido dito, as pessoas passaram a comprar ainda mais frango, depois do aumento da carne. Na minha casa, estamos comprando bastante frango”, reforça.

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Economia
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