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Fazenda no Marajó impulsiona economia local com soluções inovadoras

Em Cachoeira do Arari, fazenda se destaca como um polo arrozeiro na região

O Liberal
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Para boa parte da população brasileira, o arroz é um ingrediente fundamental na culinária, presente em receitas típicas de várias regiões do país, especialmente no Pará, onde pratos como o arroz no tucupi são emblemáticos. A culinária paraense não apenas carrega história e cultura, mas também muito sabor.

A série histórica de dados referentes à produção de arroz no Estado do Pará organizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (SEDAP), com base nos levantamentos do IBGE, revela situação preocupante. Isso porque, no ano de 2000 o Pará produzia anualmente 403 mil toneladas de arroz em casca.

O Marajó contribuiu com cerca de 800 toneladas, enquanto o último levantamento, de 2023, aponta  a produção total de apenas 106 mil toneladas, uma redução de 74% ao longo dos anos que impacta diretamente a população paraense, dependente da disponibilidade e da importação do grão de outros estados, especialmente do Sul e Sudoeste.

Na contramão, enquanto produtores apostam em culturas mais rentáveis, a Fazenda Reunidas Espírito Santo situada no município de Cachoeira do Arari, no coração do Arquipélago do Marajó, se destaca como um polo arrozeiro na região, integrando lavoura e pecuária, trazendo impactos positivos para o estado do Pará.

image Propriedade produz 28 mil toneladas de arroz para consumo no estado (João Ramid / Divulgação)

Anualmente, a propriedade produz 28 mil toneladas do cereal para consumo no estado e beneficia cerca de 240 pessoas na zona rural da região.

O operador de máquina, Antonio Carlos, de 60 anos, trabalha na fazenda há mais de 10 anos e comenta como ao longo dos anos a vida na zona rural foi impulsionada com a chegada da empresa Acostumado a Alimentos. " Desde que a empresa chegou aqui, nos deu a chance de aprender sobre máquinas agrícolas. Hoje, sou um operador de máquinas qualificado e consegui adquirir bens que antes pareciam distantes. Além disso, muitos pais de família estão conseguindo sustentar suas famílias com mais conforto e oferecer uma educação melhor para nossos filhos, e tudo isso através da produção do arroz", compartilha Antônio.

Tradição

Desde 2010, Renato Quartiero gerencia a fazenda com cerca de 12 mil hectares, com áreas para criação de gado e plantação de arroz, milho e outras culturas voltadas à subsistência. A tradição é mantida pela família e passada por gerações há mais de 100 anos.

A indústria Acostumado Alimentos foi instalada em Icoaraci, distrito de Belém, para viabilizar o retorno da comercialização do Arroz Acostumado, marca consolidada na Amazônia há mais de 40 anos. “Nós crescemos com apreço pelas coisas do campo, especialmente pela rizicultura passada geração em geração pelos nossos antepassados italianos, pioneiros da cultura no Brasil. Atualmente, o maior alicerce desse negócio é a nossa mãe, Ericina de Almeida Quartiero, conhecida por todos como Dona Loura, que é a engrenagem que move tudo e a grande realizadora”, diz a administradora da fábrica, Paula Quartiero.

É na indústria que boa parte do arroz produzido na Fazenda Reunidas Espírito Santo é beneficiado e embalado para a distribuição no comércio regional.

“A distribuição do produto é feita toda no comércio regional. Principalmente na área metropolitana de Belém e na região de Santarém. As vendas são divididas 60% Belém e 40% Santarém”, ressalta a gestora da Acostumado Alimentos, Larissa Quartiero.

Da casca do arroz é produzido o briquete utilizado no abastecimento das fornalhas do engenho, tornando o processo de produção 100% sustentável. O arroz quebrado e a quirera, por exemplo, são vendidos no mercado local para a produção de ração animal e temperos, além de outros subprodutos da produção que são comercializados para diversas regiões do país.

Tecnologia e resoluções

A fazenda é referência quando o assunto é estrutura disponível e conformidade com as leis trabalhistas, e tem sido vista como uma vitrine tecnológica ao desenvolver agricultura de precisão em alto nível, assim como o manejo integrado de pragas e doenças.

"Posso afirmar, com convicção, que o projeto liderado por nós traz uma abordagem verdadeiramente inovadora. Por meio de um manejo inteligente dos recursos disponíveis, incluindo a utilização de tecnologia adequada, correção do solo e adubação eficiente; conseguimos impulsionar significativamente a produção de grãos aqui no Marajó. Estamos comprometidos em promover práticas agrícolas sustentáveis que não apenas aumentem a produtividade, mas também protejam o meio ambiente e contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do estado", ressalta Renato Quartiero, empresário.

A empresa implementa práticas modernas que impulsionam a eficiência, como o uso do trator com piloto automático, que aumenta significativamente e concilia a preservação e a produtividade.

A mais recente tecnologia incorporada para operação é o drone que será usado para pulverização. “A adoção dessas tecnologias é solução ainda mais segura, eficiente e sustentável, viabiliza técnicas da agricultura de precisão, diminuindo o contato direto do trabalhador com defensivos agrícolas, para otimizar o processo e resultar numa produção mais eficiente", destaca Tommy Segabinazzi, engenheiro agrônomo.

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