Emprego, energia, segurança: setor nacional de petróleo e gás defende potencial da Margem Equatorial

Em entrevista, Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), destaca o potencial da Margem Equatorial para geração de empregos, segurança energética e desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Jéssica Nascimento

A bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial brasileira, é hoje a principal aposta da indústria de óleo e gás para garantir o futuro energético do país e impulsionar o desenvolvimento da região Norte. Em entrevista ao Grupo Liberal, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, defende a continuidade das perfurações exploratórias e afirma que, se confirmada a presença de petróleo comercialmente viável, o impacto na economia amazônica será transformador - com geração de empregos, atração de investimentos e aumento da arrecadação, sem abrir mão da segurança ambiental.

image Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), durante entrevista ao Grupo Liberal. (Foto: Carmem Helena)

Presidente, qual é a importância atual do setor de óleo e gás para a economia brasileira, e como esse impacto se desdobra especificamente na Região Norte e no Pará?

Roberto Ardenghy: O setor de óleo e gás é uma das locomotivas do desenvolvimento brasileiro. O Brasil, em 1970, quando houve a crise do petróleo, importava 90% do petróleo que consumia. Hoje o Brasil exporta 1,5 milhões de barris de petróleo. 

Nós somos o 9º maior exportador mundial de petróleo. Isso graças a um projeto de desenvolvimento que foi liderado pela Petrobras, mas também graças à chegada de novas empresas a partir de 1998, quando nós mudamos a construção do Brasil e permitimos também a presença de outras empresas, além da Petrobras, para fazer atividade exploratória no Brasil. É um caso de enorme sucesso. Não só a gente descobriu muito petróleo, como desenvolveu uma engenharia nacional em cima desse petróleo.

O Brasil hoje é líder mundial, por exemplo, na exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Isso é um sucesso enorme do conhecimento brasileiro. Hoje a gente representa cerca de 12% do PIB industrial do Brasil. Pagamos todos os anos R$ 280 bilhões em impostos e geramos 400 mil empregos. 

Aqui, na região norte, esse setor é muito importante, porque existe inclusive a ocorrência de petróleo e gás aqui na região. Nós temos bacias como a bacia do Solimões, a bacia do Amazonas, e também agora uma nova perspectiva que é a bacia da Foz do Amazonas, localizada lá no Norte do Brasil, na frente do estado do Amapá.

Se for confirmado, claro, se a gente puder continuar o processo de perfuração de um poço exploratório e tiver uma acumulação de petróleo e gás lá, será realmente um motivo de enorme desenvolvimento para a região Norte. 

A Margem Equatorial tem sido apontada como uma das grandes apostas para o futuro da exploração de petróleo no Brasil. Qual o real potencial dessa região e o que ela pode representar para a Amazônia?

O Brasil felizmente tem várias bacias sedimentares, onde há perspectivas positivas da ocorrência de acumulação de petróleo e gás. Eu posso citar aqui, por exemplo, a bacia do Parecis, na região do Mato Grosso. Eu posso citar a bacia de Pelotas, lá no Rio Grande do Sul, a bacia do Espírito Santo, na frente do Espírito Santo, a bacia de Camamu-Almada, a bacia do Pará-Maranhão, que faz parte da Margem Equatorial, e especialmente a bacia da Foz do Amazonas. Hoje, a bacia da Foz do Amazonas é a grande aposta da indústria.

Mas nós temos que fazer o trabalho exploratório. O que é o trabalho exploratório? É fazer a perfuração, porque você só descobre se tem petróleo quando você fura um poço e identifica que não só existe petróleo, mas que aquele petróleo é comercialmente viável.

Isso quer dizer que há uma acumulação e que as características geológicas daquele reservatório são boas para você fazer a retirada daquele hidrocarboneto, seja petróleo, seja gás. Então, é isso que a gente defende muito. Porque, realmente, se for confirmada a possibilidade da ocorrência dessa acumulação grande de petróleo, será muito importante para o desenvolvimento aqui da economia regional.

O Pará será sede da COP 30, e isso naturalmente traz luz para o debate ambiental. Como o setor de óleo e gás pode se integrar a esse processo, mostrando compromisso com a transição energética e sustentabilidade?

O petróleo ainda vai ser muito importante como energia nas próximas décadas. O petróleo não vai abandonar, não vai deixar de ser um vetor importante na geração de energia no mundo inteiro. Você vê que hoje 80% da energia do mundo (estou falando de energia primária, ou seja, aquela que é produzida de modo primário) é de hidrocarboneto - seja petróleo, seja gás, seja carvão.

O Brasil não tem carvão, felizmente, porque o carvão emite muito. Então, não existe o uso de carvão como fonte de energia no Brasil praticamente, mas o uso de petróleo e de gás existe sim. Nós já temos uma matriz energética muito limpa no Brasil. Nossa matriz energética é muito renovável. Então, o petróleo vai continuar cumprindo um papel, talvez não mais como mero gerador de energia, mas, por exemplo, no uso na petroquímica. 

Todos os produtos, quando você senta numa sala, seja a sala da sua casa, seja no escritório, 85% das coisas que estão em volta de você usaram petróleo na sua composição ou foram trazidos até aquele local pelo petróleo. Então, é um modelo de desenvolvimento que foi desenvolvido ao longo de 200, 250 anos e que a gente não vai conseguir mudar do dia para a noite.

Então, o que a gente vai levar para a COP 30 é essa mensagem: a mensagem que nós temos que produzir e continuar ainda necessitando de petróleo, seja para a petroquímica, seja para a produção, por exemplo, dos fertilizantes. O petróleo é indispensável para a produção da amônia e da uréia, que são dois fertilizantes fundamentais para o nosso setor agropecuário, mas com essa preocupação ambiental. 

Essa preocupação ambiental é primeiro uma preocupação no sentido de fazer uma operação muito segura. Então, por exemplo, o Brasil produz hoje 4 milhões de barris de petróleo. Desses 4 milhões de barris, 3 milhões são produzidos no que a gente chama de pré-sal, que é uma reserva que fica na frente do Rio de Janeiro e de São Paulo. 

Na frente do Rio de Janeiro e de São Paulo existem praias. Existe Búzios, existe o Guarujá, existe a Costa Verde ali na bacia de Angra dos Reis.  Existe a ilha de Ilhabela em São Paulo. São lugares muito sensíveis ambientalmente. Todos os dias, à meia-noite de hoje, nós teremos tirado daquela região ali 3 milhões de barris de petróleo, sem cair um pingo de petróleo no oceano. 

Então, a gente tem muita segurança. A indústria brasileira e as empresas que trabalham nesse setor têm muita confiança no que elas fazem. Então, esse é o primeiro elemento. 

O segundo elemento é que hoje existe tecnologia pra você reduzir a emissão de CO2 nesse barril que você vai produzir. Tem uma série de técnicas que são usadas hoje pelas empresas brasileiras, com destaque para a Petrobras, que reduzem a emissão de CO2. Então, a gente consegue hoje produzir um barril de petróleo com uma emissão que é um terço da média mundial.

Ou seja: é um petróleo com baixo teor de CO2, para que a gente possa vender esse mercado no mercado internacional também com competitividade. Então, essa é a mensagem e é isso que a gente vai fazer. 

Quais são as ações concretas que o IBP e o setor vêm adotando para conciliar exploração de recursos fósseis com preservação ambiental, especialmente em áreas sensíveis como a Amazônia?

Quando você pensa na exploração de petróleo e gás natural na Amazônia, nós já temos um exemplo que é muito claro. É o campo de Urucu, onde a Petrobras, desde 1982, produz gás condensado, que é um tipo de petróleo bem leve naquela região de Urucu, sem maiores impactos ambientais. Ou seja: é uma atividade realizada de maneira segura.

Então, nós já temos experiência de produzir petróleo na região amazônica sem impactos ambientais. Essa região que a gente chama de Foz do Amazonas é uma região que fica no mar. Ela não fica no Amazonas, não fica dentro da floresta.

Nós estamos falando da Foz do Rio Amazonas já em alto mar. Então, o impacto sobre a floresta é praticamente inexistente, porque você não tem nenhuma atividade perto de nenhuma reserva florestal. Nós estamos falando de um campo que está a 180 quilômetros da costa do Amapá.

Então, a gente tem muita certeza e muita confiança de que essa atividade vai ser feita de maneira muito segura, com uma preocupação operacional e ambiental muito grande. Temos certeza de que nós vamos conseguir fazer a produção de petróleo, se tiver, claro, uma ocorrência importante de petróleo lá.

O que nós estamos pedindo no momento é a mera autorização para perfurar um poço para a gente saber o que tem no subsolo brasileiro. Você nunca tem certeza de que há petróleo até você furar o poço, mesmo que você tenha os mapas, que você faça o que a gente chama de sísmica, que você estude o subsolo daquela região.

Você olha ali e tem algumas imagens, algumas indicações que pode ter petróleo, mas você só tem certeza da ocorrência de petróleo, ou de qualquer também bem mineral, quando você faz uma perfuração e encontra aquela acumulação. Então, é isso que nós estamos hoje pleiteando.

A Petrobras está liderando esse movimento de pedir autorização ao Ibama para que a gente possa fazer esse poço exploratório e quem sabe, se tudo tiver certo e se a prática confirmar a teoria, teremos petróleo lá. A gente está no campo das ideias ainda. Nós ainda estamos no campo das hipóteses.

Como o senhor avalia o papel da indústria de óleo e gás na geração de empregos e na capacitação técnica da população local na Região Norte? Há planos inéditos ou programas específicos para isso?

O setor de óleo e gás é um setor que tem alta empregabilidade. O centro dessa produção hoje no Brasil, no Rio de Janeiro, é a cidade de Macaé. Em Macaé, existe um porto que é muito utilizado pelas empresas para embarcar os funcionários até as plataformas. É um vai e vem constante de gente, porque você tem que estar sempre mudando a escala, substituindo as equipes que estão lá embarcadas. Então, é um porto que praticamente opera 24 horas por dia. 

Uma senhora resolveu botar uma carroça de pipoca na entrada desse local, porque ela viu aquele movimento de gente entrando e saindo.  Colocou lá o seu carrinho de pipoca e um dia passou um engenheiro da Petrobras, que era a empresa que estava operando naquele campo naquele momento. Ele olhou aquela barraca de pipoca, comprou dois saquinhos e embarcou. Voltou na semana seguinte, pediu dez saquinhos de pipoca e embarcou. Na outra semana, ele trouxe um saco muito grande, comprou toda a pipoca da senhora e levou. 

O que isso queria dizer? Queria dizer que uma plataforma de petróleo  precisa todos os dias praticamente fazer o que a gente chama de teste de dispersão. O que é isso? Você joga no mar algum produto para ver para onde estão indo as correntes, para onde aquele produto está sendo levado. Em caso de um derramamento, você sabe qual é o comportamento daquele petróleo que poderá ser derramado ali. Ele vai para o sul, vai para o norte, vai para o leste, vai para o oeste. A gente chama isso de teste de dispersão.

Gastava-se muito dinheiro comprando produtos altamente sofisticados que vinham até do exterior para fazer esse teste de dispersão e o engenheiro teve a ideia de usar pipoca. Essa senhora hoje parou de vender o seu carrinho de pipoca. Ela abriu uma empresa de pipoca industrial. Ela tem hoje cerca de 27 funcionários e ela produz essa pipoca para o uso das empresas de petróleo. 

Então, até uma pipoqueira, uma pessoa que tem um pequeno carrinho de pipoca pode ser empregado nessa indústria, porque ela usa realmente todos os tipos de produtos da indústria. Ela usa a área hoteleira, usa a parte de alimentação, a parte de transporte e por aí vai. Essa é a dinâmica da indústria de óleo e gás. É uma indústria que tem uma preocupação social e ambiental muito grande e também alta empregabilidade.

O cenário internacional afeta diretamente o mercado interno. A recente escalada de tensões no Oriente Médio, especialmente a guerra entre Irã e Israel, tem potencial de impacto no preço dos combustíveis. Como isso pode afetar, de forma prática, o consumidor paraense?

O que está acontecendo hoje no Oriente Médio, nesses últimos dias, esses movimentos geopolíticos, esses conflitos, ressalta muito a importância de que os países têm de manter um certo grau de segurança energética. O petróleo é um produto muito importante. Ele é usado, como eu mencionei aqui, em uma quantidade enorme de produtos, e o país está mais seguro se tiver uma quantidade importante de petróleo, pelo menos para o seu abastecimento, que é o caso do Brasil.

O Brasil é o que a gente chama exportador líquido de petróleo. Ou seja: nós temos hoje petróleo que atende a nossa demanda. Só que isso é uma realidade que pode mudar nos próximos anos se a gente não descobrir novas reservas, porque há um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que indica que, se o Brasil não descobrir novas reservas de petróleo, como é o caso da Margem Equatorial, da bacia de Pelotas e outros locais, em 2033, 2034, nós inverteremos nossa posição de, em vez de produtor e exportador de petróleo, importador de petróleo.

Isso fica muito grave, porque aí você fica submetido a essas questões internacionais. Quando você tem que trazer petróleo de fora para abastecer o seu mercado e produzir a gasolina, o diesel, o querosene de aviação, o gás de cozinha, você tem essa fragilidade econômica. Então, o Brasil hoje tem essa situação de conforto com relação a essa crise e isso é muito importante. 

Agora, a gente não pode ficar deitado em berço esplêndido. Nós temos que continuar essa atividade exploratória para garantir que nos próximos anos a gente não seja afetado. Se a gente tiver essa segurança de produzir petróleo no Brasil, a gente será menos afetado por essas situações, inclusive aqui no estado do Pará.

Há uma crescente pressão por investimentos em fontes renováveis. Como o senhor enxerga a coexistência entre petróleo, gás e energias renováveis na matriz energética brasileira nos próximos anos?

Os desafios das energias renováveis são gigantescos, porque as energias renováveis são muito importantes. Contudo, elas têm que garantir que vão entregar a energia para o consumidor com a mesma eficiência e com a mesma competitividade do petróleo, porque a gente não pode pensar num processo de transição energética na qual você vai encarecer a energia para o consumidor final três, quatro, cinco vezes. Isso não é aceitável para o consumidor.

O consumidor quer uma energia renovável, mas ele também quer uma energia barata. Ele quer uma energia que entregue o que se propõe, mas ele quer uma energia também que não onere muito o consumo das famílias. Então, esse desafio da competitividade das energias renováveis é um desafio também de tecnologia. 

Como é que você pode produzir melhor um biocombustível? Como é que você pode aumentar a eficiência de um parque eólico ou solar? Como é que você pode desenvolver, por exemplo, uma planta de hidrogênio de maneira competitiva? O setor de óleo e gás pode contribuir muito, porque nós temos muito conhecimento. O setor de óleo e gás, por exemplo, trabalha com hidrogênio há mais de 200 anos, porque toda a refinaria de petróleo tem uma unidade de produção de hidrogênio.

Só que é o hidrogênio marrom. É o hidrogênio que é produzido a partir do petróleo ou de algum derivado do petróleo. Mas a manipulação do hidrogênio (o transporte, a armazenagem) é uma ciência muito dominada pela indústria de óleo e gás. Então, essa é a primeira contribuição que a gente pode ter.

Uma refinaria pode ser transformada em uma biorrefinaria. Portanto, em vez de processar petróleo, ela também poderia começar a processar biomassa, óleo vegetal, sebo bovino e algum outro produto que também pode gerar um diesel verde, uma gasolina também renovável, oferecendo também esse produto ao consumidor. Então, é mais uma contribuição que o setor de óleo e gás pode fazer.

A gente não fala tanto de transição energética. A gente fala de evolução energética, porque as energias evoluem ao longo do tempo. Por isso, a gente refuta muito essa ideia de que os combustíveis fósseis vão acabar a médio e curto prazo. Isso não vai acontecer na prática. Eles vão continuar tendo o seu papel e outras energias vão pouco a pouco surgindo e ocupando o seu espaço.

É um processo de empilhamento de soluções energéticas. Por exemplo, o mundo ainda consome muito carvão. Você vê que em países, como a China e como a Índia, quase 50% da energia gerada nesses países é de carvão. 

Quando você vê, por exemplo, um carro elétrico andando na China, pode ser que aquele carro tenha sido de noite colocado numa tomada cuja energia veio do carvão. Então, o que adianta ele ser elétrico, ele está andando nas ruas da China com essa coisa de sustentabilidade, quando de noite ele está, na verdade, pegando a energia de uma rede que foi usada, foi dado carvão? Então, esse é o debate interessante que se faz nessa questão da mobilidade dos carros. Os carros elétricos, muitas vezes, são meros carros que estão sendo movidos a carvão por conta disso. 

Eu acho que o petróleo vai cada vez mais sair da matriz de mobilidade e ser mais usado para fins mais nobres, como é o caso da petroquímica, como é o caso da produção de fertilizantes. Ele vai ter o seu nicho no mercado de energia e no mercado industrial mundial. Por isso, a gente quer continuar esse trabalho no Brasil, oferecendo esse produto que ainda vai continuar tão importante para o mundo.

Por fim, quais são as expectativas do IBP em relação à participação da Região Norte no planejamento energético nacional? 

É muito importante, porque a região Norte tem essa possibilidade da presença de hidrocarbonetos e de acumulações importantes. A gente quer poder mostrar quais são as principais tendências mundiais desse mercado, para onde a indústria de óleo e gás está caminhando, quais são as oportunidades que podem ser criadas aqui no estado do Amapá e na região Norte do Brasil, em termos de geração de emprego, geração de renda, quais são as disciplinas ou as profissões que serão mais utilizadas.

Isso tudo é a mensagem que a gente vai trazer. Uma mensagem também de muita confiança nessa indústria. Como eu disse, é uma indústria que o Brasil tem liderança mundial. Você ser líder mundial em produção de petróleo em águas profundas não é pouca coisa. Isso é resultado de um trabalho muito grande liderado pela Petrobras e, com a chegada das demais empresas brasileiras e estrangeiras para esse negócio, aumentou ainda mais.

Nós temos hoje uma indústria que pode, inclusive, oferecer esse produto para exportação. Para a gente, por exemplo, oferecer o nosso trabalho para a Goiânia, para o Suriname, para outros países que estão também procurando petróleo. A gente tem hoje conhecimento, tem empresas e tem tecnologias para isso.


 

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA