Dos tradicionais aos novos empreendimentos, comércio é essencial para a economia girar no Estado

De acordo com a Junta Comercial do Pará, 40% das 37 mil novas empresas que o Pará ganhou no primeiro semestre deste ano, são do setor de comércio

O Liberal
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Conhecida como uma das práticas mais antigas do mundo, o comércio é a uma das principais formas de movimentar a economia e fonte de rende de milhares de pessoas no Estado. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, do estoque de 795 mil vagas de trabalho ocupadas no Pará, cerca de 550 mil são das áreas de comércio e serviço. Hoje, 16 de julho, é o Dia do Comerciante, data em que se homenageia os profissionais que trabalham nesse setor tão importante para a economia dos municípios. 

Em Belém, o comércio é  conhecido por estabelecimentos tradicionais, cujo comando passa por várias gerações da mesma família. Mas também é marcado por abraçar novos empreendedores, que buscam no ramo a oportunidade de expandir negócios, idealizar projetos e encontrar uma nova fonte de renda. De acordo com a Junta Comercial do Pará, 40% das 37 mil novas empresas que o Pará ganhou no primeiro semestre deste ano, são do setor de comércio. 

Carolina Vilão, de 80 anos, conta que trabalha há 60 anos "atrás do balcão". Ela é proprietária de uma tradicional mercearia que vende produtos alimentícios no Ver-o-peso. Portuguesa, começou a trabalhar como comerciante por causa do meu marido, que também já exercia esse trabalho. “Comerciante já teve os seus dias bons, agora está devagar, está difícil, com essa pandemia", revela. 

Ela diz que, no caso do estabelecimento que possui, a concorrência e o crescimento da cidade, com o surgimento de empreendimentos maiores, também contribuíram para a queda nas vendas ao longo dos anos. "Antigamente, era outras coisas. Quando eu cheguei aqui não tinha supermercado, não tinha nada. Então, as coisas vendiam".

Dono de um mercadinho, Carlos Lins, que trabalha há cerca de 28 anos com a venda de gêneros alimentícios, afirma que a pandemia foi o momento mais difícil enfrentado até então. “A gente não podia fechar o nosso comércio porque é daqui que a gente se alimenta todos os dias, a gente teve que partir pra frente e trabalhar com a fé, pedindo pra Deus nos proteger, porque tinha que trabalhar, eu não podia deixar de ir pra Ceasa, porque tinha que ter as frutas, era o que mais vendia na época”, lembra o comerciante.

Ele também aponta a concorrência como um dos principais desafios dessa profissão, além da rotina de trabalho marcada por muita dedicação e persistência para conquistar um lugar no mercado. “Trabalhamos todos os dias, não temos folgas, trabalhamos de domingo a domingo, enfrentando essas dificuldades porque agora tá tudo muito caro, os gêneros alimentícios, a gente vai ultrapassando essas barreiras”, declara Carlos.

Muitas pessoas que atualmente são proprietárias de estabelecimentos comerciais afirmam que entre as principais motivações para trabalhar por conta própria está a flexibilidade de horário, poder sustentar a família, além de tomar as próprias decisões. “A responsabilidade é total minha. Compras, pagamentos, pedidos, logística, tudo depende de mim”, comenta Leandro Trindade, proprietário de uma hamburgueria, que trabalha há três anos no ramo.

RECUPERAÇÃO

Embora o país ainda esteja se recuperando dos impactos da pandemia, segundo o Índice de Expansão do Comércio (IEC) – calculado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o mês de junho registrou um crescimento de 10,9% em comparação com o mês anterior, e uma melhora de 40,7% em relação ao mesmo período do ano passado. “A pandemia atrapalhou quase todo o Brasil. Melhores momentos creio que ainda estão por vir”, completou Leandro. 

*Luciana Carvalho e Emilly Melo, estagiárias, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo Integrado de Política. 

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