Déficit Primário do Governo Central atinge R$ 39,4 bilhões em novembro, recorde da série histórica

Esse desempenho representa o pior resultado para o mês desde 1997

O Liberal
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O Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira (27) que o governo central registrou um déficit primário de R$ 39,4 bilhões em novembro. As contas do Banco Central e do Tesouro Nacional apresentaram um resultado negativo de R$ 19,8 bilhões, enquanto a Previdência Social teve um déficit de R$ 19,6 bilhões. O déficit acumulado entre janeiro e novembro atingiu a marca de R$ 114,6 bilhões.

Esse desempenho representa o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 1997, sendo também o maior déficit acumulado registrado. O número, no entanto, ficou um pouco abaixo das expectativas do mercado, que previa um déficit de R$ 38 bilhões (segundo a Guide Investimento) a R$ 39,9 bilhões (Warren Investimentos).

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O economista-chefe da Warren, Felipe Salto, em relatório a clientes, destacou que o déficit primário acumulado até novembro está em R$ 114,6 bilhões e projeta que deverá atingir R$ 234,7 bi no ano, incluindo os pagamentos de precatórios no valor de R$ 93,1 bilhões, referentes ao estoque acumulado nos últimos anos.

O recorde negativo ocorreu principalmente devido a pagamentos extraordinários de quase R$ 20 bilhões a estados e municípios, resultantes da Lei Complementar 201, que trata das compensações devidas pela União a esses entes.

Crescimento dos gastos com a máquina pública influencia

O relatório indica que, enquanto a receita cresceu 4,2% no mês passado, as despesas aumentaram em 20%, impulsionadas pelo crescimento dos gastos com a máquina pública. Entre janeiro e novembro, a arrecadação teve uma queda de 2,8%, aproximadamente R$ 50 bilhões, enquanto os gastos totais aumentaram em R$ 119,3 bilhões, principalmente devido aos benefícios previdenciários.

Apesar desse cenário, o Tesouro Nacional estima que o governo central encerrará o ano com um déficit primário de R$ 125 bilhões, valor inferior ao projetado no último relatório de avaliação de receitas e despesas (R$ 177,4 bilhões) e na lei orçamentária (R$ 228 bilhões).

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