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Comerciantes de Belém reclamam que faturamento perto do Natal era 50% melhor em 2020

Fluxo de pessoas é intenso no centro comercial da capital, mas vendedores afirmam que consumidores não estão comprando como em 2020.

Natalia Mello / O Liberal

O movimento no centro comercial de Belém está intenso nesta semana que antecede o Natal, mas, nesta sexta-feira (17), comerciantes reclamaram que as vendas estão fracas. Quem depende das vendas conta que, em 2020, o faturamento foi pelo menos 50% maior. A afirmação veio de vendedores que trabalham em lojas de roupas e de eletrônicos, além de ambulantes que atuam na rua Santo Antônio com a comercialização de relógios e acessórios.

Seu Francisco Evandro Ramos, de 61 anos, sempre ajuda o cunhado no mês de dezembro nas vendas da barraca de acessórios e, comparado aos anos anteriores, ele sentencia: o movimento está fraco. “Comecei há duas semanas por aqui, trabalho como mototaxista, mas está difícil, movimento fraco. Vendemos caixinhas de presente também, além dos relógios, acessórios. Pode ser que semana que vem melhore, já que é a semana do Natal”, afirma.

O jovem Gustavo Araújo é de uma família de comerciantes. Irmão da dona de uma loja de eletrônicos na rua Santo Antônio e filho do proprietário da conhecida Banca do Sucesso, ele já acumula alguns anos de experiência com vendas. Mas, em ambos locais, ele revela que infelizmente tem sido difícil garantir um bom faturamento.

“A gente fica aberto de 8 horas até às 18. Para a primeira semana de dezembro, que sempre temos um movimento muito bom, teve uma queda de 50% da procura. Com isso, o faturamento está ruim. A gente está tentando atrair as pessoas e estamos em parceria com uma rádio fazendo anúncios para sortear quatro aparelhos de rádio, para ver se chama as pessoas”, conta.

Preço é fator importante para compra dos presentes de Natal

A dona de casa Jaqueline Magno, de 35 anos, aproveitou para comprar uma capa de celular na loja de eletrônicos e acessórios. Sobre os presentes de Natal, ela conta que vem pesquisando, para encontrar os melhores preços. “Vejo roupa, brinquedo, sapato. Tenho duas meninas, uma de 14 anos e outra de 8 anos. Aí procuro presente para elas, meu marido, pai, avó, tia. Tem coisas mais caras, outras mais em conta. Brinquedo, por exemplo, está mais pesado, já roupa os preços estão razoáveis. Pesquisando a gente acha”, diz.

Normélia do Espírito Santo é a caixa responsável de uma loja de roupas de moda feminina também no centro comercial de Belém. Desde 2017 no cargo, à frente do estabelecimento, ela compartilha com as outras vendedoras as dificuldades de um Natal, que elas chamam de “diferente de todos os outros”.

“Esse Natal está diferente de todos os outros anos. Movimento muito baixo, a gente sempre está comparando ao ano passado que ainda tinha muita coisa fechada, sem eventos. Mas ano passado tinha o auxílio, então quando acabou o lockdown, o povo correu para a loja comprar roupa. Agora o movimento está 60% menor do que no ano passado”, destaca.”Temos seis funcionárias, ano passado essa loja tinha 12 pessoas trabalhando e vivia cheia de gente. Vejo um fluxo de pessoas, mas poucas compram”, desabafa.

A diarista Célia Gomes, de 59 anos, aproveitou o intervalo para ir ao comércio comprar uma roupa também. Para ela, que soube que houve um pequeno reajuste no estabelecimento, os preços ainda estão razoáveis. “Comprei uma blusa lá na [rua] Santo Antônio, e é um pouco mais caro. Procuro sempre comprar as coisas antes”, conclui.

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