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Com pandemia em baixa, aluguel de casas para o réveillon em Salinas tem alta de 100%

Réveillon deste ano será um dos mais lucrativos, segundo quem trabalha no ramo imobiliário em balneários do Pará

Abílio Dantas / O Liberal
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A busca por apartamentos e casas para alugar em dezembro no município de Salinópolis, no nordeste do Pará, neste ano, elevou em 100% o preço dos imóveis. Para quem trabalha no ramo imobiliário em balneários do Pará, o réveillon deste ano será um dos mais lucrativos. Depois do período de baixa no mercado em razão da pandemia de coronavírus, que afastou os visitantes e impôs medidas de restrição nos municípios, cerca de 90% dos locais já estão reservados em Salinas, como é popularmente conhecida a cidade do nordeste paraense, que é um dos locais mais procurados do Pará.

Proprietário de duas casas na cidade, o médico Meyber Ricardo relata que tem recebido cerca de 10 ligações por dia de pessoas interessadas em alugar uma de suas propriedades, mas as duas já estão reservadas desde o primeiro semestre do ano. “Nunca vi nada igual ao que está ocorrendo agora. Pela minha experiência, afirmo que cerca de 90% dos locais para aluguel já estão reservados. Isso se a porcentagem ainda não for maior”, destaca.

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O pacote de cinco dias em uma casa que pode comportar 20 pessoas, no centro de Salinas, custa atualmente R$ 12 mil. É o que estabeleceu o médico para o fim de ano deste ano. “Mas considero o meu preço justo e sou bastante flexível na hora da negociação, pois meu interesse não é simplesmente conseguir um aluguel, mas fazer com que as pessoas sejam cativadas e retornem. As pessoas que alugaram as minhas duas casas são pessoas que já vieram passar outras temporadas. E, se você parar para pensar, meu preço não é caro, pois a diária, por pessoa, pode acabar saindo em torno de R$ 33, que é um valor que uma pessoa que recebe um salário mínimo pode pagar”, afirma. No entanto, para o proprietário, a alta das cobranças é uma realidade. “Não há dúvida de que o aumento é de 100% com a alta temporada. Se uma diária estava R$ 1 mil, passa para R$ 2 mil”, exemplifica.

A proporção do aumento dos preços faz com que a cidade chegue a apresentar valores de cidades brasileiras de maior porte turístico, como Fortaleza, diz Meyber Ricardo. “Realmente, há aqueles que cobram preços muito altos. Não acho que eu faça pacotes mais baratos, e sim justos. Mesmo fora de alta temporada, há quem faça um pacote de fim de semana a R$ 5 mil reais. E, se a pessoa estiver hospedada na praia, ainda há o custo de ter que se deslocar para a cidade se precisar comprar algo em um supermercado ou em uma farmácia. É por isso que prefiro trabalhar com empreendimentos na cidade”, completa o empreendedor.

"Tudo muito caro"

A empresária Priscila Ferreira Lima relata que costuma viajar para Salinas com “a família toda”; esposo, filha, sogro, “cachorro e tudo”. “Normalmente procuramos ficar em apartamentos. Mas o aumento que temos notado representa um custo alto, por isso precisamos fazer um planejamento antecipado. Não é que possamos fazer sempre, por conta do preço. Está tudo muito caro. Fora a hospedagem, costumamos ter um gasto de cerca de R$ 2 mil nesses passeios, com comida, bebida, gastos com a criança, que sempre quer picolé, quer isso, quer aquilo. Então, realmente, acabamos tendo um custo muito alto para que seja algo feito constantemente, então tem que ser algo programado mesmo”, afirma.

image Salinas é um dos principais destinos procurados para o fim de ano (Igor Mota / O Liberal)

Em sites de busca por alugueis, é possível encontrar anúncio de imóveis de diferentes tipos e preços, como um de uma casa com oito quartos, a R$ 8.500. “Piscina, churrasqueira, chalé, sala de jogos, garagem para maios ou menos seis carros”, diz o texto no endereço eletrônico.

Algodoal

O empresário Marcos Guerreiro, organizador de um festival que vai ocorrer na ilha de Algodoal, no município de Maracanã, afirma que todos os locais de hospedagem já estão reservados para o fim de semana de fim de ano. “O aumento também foi de 100% nos aluguéis. As pessoas que trabalham com aluguel estão aproveitando a alta procura para compensar o tempo que precisaram fechar por conta da pandemia”, explica.

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