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Cinco produtos essenciais são os próximos na lista de tarifas de Donald Trump; veja quais

Produtos de diversos países podem ser impactados por novas tarifas dos Estados Unidos, previstas para entrar em vigor nesta sexta-feira (1)

AFP
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Os Estados Unidos se preparam para aumentar tarifas sobre dezenas de parceiros comerciais nesta sexta-feira (1), caso não haja acordo com o presidente americano, Donald Trump. A medida, segundo economistas, ameaça elevar custos para empresas e pressionar os preços ao consumidor, com potencial de frear o consumo — um dos principais motores da economia americana.

Desde abril, países da América Latina já enfrentam uma tarifa mínima universal de 10%, o que gerou preocupação em setores como o vitivinícola da Argentina, os produtores de mirtilo do Peru, as exportações de flores da Colômbia, de camarão do Equador e de salmão do Chile.

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Outro setor afetado foi o de bananas. Em 2024, os EUA importaram quase US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 17,3 bilhões à época) do fruto, principalmente de Guatemala, Equador, Costa Rica, Colômbia e Honduras, segundo o Observatório da Complexidade Econômica (OEC).

Agora, novas tarifas poderão atingir uma gama ainda mais ampla de produtos, como café, arroz, cacau, eletrônicos e vestuário. Veja alguns dos mais impactados:

Café

Mais de 99% do café consumido nos Estados Unidos — onde dois terços dos adultos bebem a bebida regularmente — é importado, segundo a Associação Nacional do Café.

Brasil, Colômbia e Vietnã lideram as exportações ao país. O Brasil, responsável por mais de 30% das importações americanas de café, foi ameaçado com uma tarifa adicional de 50% a partir de 1º de agosto. Trump alegou perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado por tentativa de golpe de Estado.

Já a Colômbia, que teve os EUA como principal destino de suas exportações de café em 2023, ainda não recebeu notificação formal da Casa Branca sobre novas taxas, além dos 10% aplicados desde abril.

Cacau

Os EUA são os maiores importadores mundiais de grãos de cacau, com foco no Equador e na Costa do Marfim, segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA).

Curiosamente, o cacau equatoriano se tornou mais competitivo desde abril, com a tarifa mínima de 10%, em comparação à sobretaxa de 21% imposta à Costa do Marfim.

Consoles de videogame

O segundo trimestre foi decisivo para a Nintendo, que anunciou o lançamento do Switch 2 em 2 de abril — o mesmo dia em que Trump anunciou a nova rodada tarifária. O console, fabricado majoritariamente no Vietnã, pode ter seu preço elevado a partir de 1º de agosto, com a retomada da cobrança de 20%.

Hoje vendido por US$ 450 (R$ 2.509 na cotação atual), o console pode subir entre US$ 75 e US$ 100 (R$ 418 a R$ 557), segundo estimativas. A Sony já aumentou o preço do PS5 após os anúncios de abril e a Microsoft fez o mesmo com o Xbox Series X.

Roupas e calçados

Grande parte das roupas e calçados vendidos nos EUA é produzida fora do país, em países como Vietnã, Bangladesh e, mais recentemente, em nações africanas como Quênia e Lesoto.

O Vietnã enfrentará uma tarifa de 20%, Bangladesh poderá ser taxado em até 35% — valor que o governo tenta reduzir para 15% a 20% — e Lesoto pode ser o mais atingido, com tarifas de 50%.

Segundo a Associação Americana de Vestuário e Calçados, 20% das roupas importadas nos EUA vêm do Vietnã e 11% de Bangladesh. Um estudo da Universidade de Yale estima um aumento médio de 37% nos preços das roupas no país.

Arroz jasmim

Os EUA importam cerca de 1,3 milhão de toneladas de arroz por ano. Mais de 60% são variedades aromáticas, como o jasmim, da Tailândia, e o basmati, da Índia e Paquistão.

A partir de sexta-feira, a Índia será taxada em 25%, enquanto a Tailândia pode enfrentar uma tarifa de 36% e o Paquistão, de 29%. Também há importações menores de arroz de grão médio e curto da Ásia e da América do Sul, que podem ser impactadas.

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Economia
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