Taxa de desemprego no Brasil cai ao menor nível: 5,8% no trimestre encerrado em junho
Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados na manhã desta quinta-feira (31)

A taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de abril a junho de 2025, foi de 5,8%, a menor taxa já registrada na série histórica, iniciada em 2012. A taxa, que representou uma redução de 1,2 ponto porcentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, atende a um padrão sazonal, mas também está relacionada ao crescimento sustentável da população ocupada, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O crescimento sustentável da população ocupada, tanto via trabalhadores formais quanto informais, tem se mostrado capaz de se superar a cada trimestre", disse durante coletiva.
A queda do indicador foi de 1,1 p.p frente ao mesmo trimestre do ano anterior (6,9%). A especialista explica que, historicamente, no primeiro trimestre, há uma expansão do indicador da desocupação pela dispensa de trabalhadores temporários e à medida que o ano avança, a taxa, de fato, tende a retrair pela criação de mais ocupação em diversas atividades.
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Dos dez grupamentos de atividade investigados pela Pnad Contínua, apenas Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou crescimento na ocupação frente ao trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025). "Os serviços de Administração Pública incorporam a sazonalidade do serviços de educação pública, que contribuíram muito significativamente para a expansão dada a entrada de concursados em substituição ou complementaridade a trabalhadores temporários."
O resultado veio no piso das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast. A mediana indicava desemprego de 6% no período.
Em igual período do ano anterior, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,9%. No trimestre encerrado em março, a taxa de desocupação estava em 7%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.477,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 351,2 bilhões no trimestre encerrado em junho, alta de 5,9% ante igual período do ano passado, de acordo com o IBGE.
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