CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Carne de frango em Belém encareceu mais que o dobro da inflação, aponta Dieese

Consumidores relatam dificuldades para manter o consumo e comentam estratégias utilizadas na hora da compra

Paula Almeida / Especial para O Liberal
fonte

Os consumidores belenenses têm sentido no bolso o impacto da elevação constante no preço do frango. Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), os preços do quilo da carne de frango comercializado nas principais redes de supermercados de Belém continuam elevados e registraram aumentos superiores ao dobro da inflação acumulada nos últimos 12 meses, estimada em 5,30%

A pesquisa, que é realizada semanalmente pelo órgão, mostra que tanto o frango resfriado quanto o congelado passaram por aumentos consideráveis. A marca Americano de frango resfriado, por exemplo, custava em média R$ 12,26 em julho de 2024 e passou a ser vendida a R$ 13,95 em julho deste ano, o que corresponde em uma alta de 13,78%. Somente nos sete primeiros meses de 2025, o reajuste já soma 12,41%. O preço também sofreu alteração quando comparado ao mês de junho, quando o produto foi vendido por R$ 13,75.

Já o frango resfriado da marca Avispará apresentou aumento de quase 15% no acumulado dos últimos 12 meses, subindo de R$ 11,89 em julho de 2024 para R$ 13,67 em julho de 2025. No comparativo anual, o produto também subiu 14,97% desde janeiro e no mensal, ele custava R$ 13,59 em junho, alta de 0.59%.

VEJA MAIS 

image Frango aumenta de preço em Belém

Quando se trata do frango congelado, a alta não é diferente. A marca Americano teve reajuste de 12,40% em 12 meses, saindo de R$ 9,60 para R$ 10,79 o quilo. Mesmo com uma queda de 4,60% em julho na comparação com junho, o valor acumulado do ano ainda mostra um encarecimento. Já a marca Avispará, no mesmo período, passou de R$ 9,79 para R$ 10,75. Para este produto, o comparativo de preços do mês passado mostra que o mesmo ficou cerca de 2,45% mais barato. Entretanto, no comparativo de preços deste ano, o produto ainda continua caro e acumula alta de 0,66% e de quase 10% nos nos últimos 12 meses.

Consumidores comentam sobre a alta no preço

Para quem trabalha no ramo alimentício, o cenário de alta é desafiador. Sérgio Ronaldo, empresário do setor, afirma que compra frango praticamente todos os dias para manter o abastecimento do seu restaurante. Segundo ele, apesar de buscar promoções e comparar preços entre supermercados, a alta é inevitável e compromete a operação do negócio.

image Empresário Sérgio Ronaldo (Cristino Martins)

“No dia a dia, compro no varejo, onde o valor é um pouco mais alto. Já pensei que os preços cairiam quando o Brasil reduziu as exportações por causa da gripe aviária, mas foi o contrário, aumentaram ainda mais. Trinta, quarenta centavos a mais no quilo. A gente faz uma ginástica para não repassar tudo isso para os clientes”, afirma.

Na rotina doméstica, onde o frango é um item essencial, a carne está deixando de ser uma alternativa mais barata. Para Angélica Amaral, enfermeira e dona de casa, a carne branca é preferência por motivos de saúde e economia, mas o aumento tem afetado diretamente o orçamento familiar.

“Consumimos frango duas ou três vezes por semana. A gente prefere carne branca, principalmente por saúde e pelo preço. Só que o frango embalado aumentou muito esse ano. Como somos uma família grande, um quilo não dá. Temos que comprar mais e isso pesa bastante no fim do mês”, relata.

image  Angélica Amaral (Cristino Martins)

Questionada sobre substituições, Angélica conta que o item é insubstituível. "A carne vermelha está muito mais cara e o frango ainda é o mais acessível. Junto com o peixe, é o que predomina na nossa alimentação", finaliza.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA