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Black Friday 2024: preços devem ser monitorados desde outubro, diz economista paraense

Para o consumidor, a época comercial é 'pura enganação'; segundo economista, nem todas as ofertas do período são vantajosas.

Jéssica Nascimento

Segundo uma pesquisa da empresa de tecnologia Wake, em parceria com o Opinion Box, 37,8% dos brasileiros começaram a acompanhar as ofertas da Black Friday em outubro, um mês antes dos dados comerciais. Para a edição de 2024, 66% dos consumidores do país planejam participar do evento. Por outro lado, 23% dos entrevistados ainda estão indecisos e 11% não pretendem comprar. A Black Friday deste ano ocorre em 29 de novembro. 

Para André Carvalho, vale a pena acompanhar os preços da Black Friday desde outubro. “Monitorar os preços com antecedência ajuda a identificar se os descontos durante o evento são reais ou se ocorreu um aumento dos preços para simular uma promoção”, sugere o professor pesquisador da UFPA e economista do CORECON-PA/AP (Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá). 

O economista recomenda que o consumidor use ferramentas na internet, como comparadores e históricos de preços. Segundo Carvalho, esses meios permitirão observar a variação ao longo do tempo, garantindo que o consumidor faça uma compra mais consciente e com descontos verdadeiros sem comprometer o próprio rendimento. 

Como aproveitar as ofertas da Black Friday?

André Carvalho aconselha o consumidor a fazer uma lista dos itens que realmente precisa ou deseja comprar e estabelecer um orçamento máximo. “Isso evita compras por impulso e gastos desnecessários. Fique atento às formas de pagamento, preferindo compras à vista ou parcelamentos sem juros para evitar o endividamento”, indica.

 

Para o economista, é importante usar ferramentas de comparação de preços pela internet e acompanhar a variação dos valores dos produtos desejados ao longo do tempo. Carvalho argumenta que isso ajuda a identificar se o desconto é real ou não.

“Nem todas as ofertas da Black Friday são vantajosas. Algumas lojas costumam inflar os preços antes de outubro para oferecer um "desconto" no dia. Nesse contexto, monitorar os preços anteriores ajuda o consumidor a evitar armadilhas e garantir uma boa compra”, recomenda. 

Por fim, Carvalho aconselha o consumidor a preferir sempre comprar em lojas conhecidas e com boas avaliações. Isso, segundo o economista, evita fraudes e problemas com entregas ou produtos de má qualidade.

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O que os consumidores paraenses dizem sobre os dados?

Manuela Carvalho, estudante de enfermagem de 29 anos, pensa em gastar no período de ofertas do mês que vem. “Olha, estou pensando em comprar algumas coisas, porém são mais utilidades domésticas e produtos de limpeza, porque os eletrônicos não estão compensando tanto”, conta.

Ela afirma que, pela experiência dos últimos anos, não vê muitas vantagens. “Sobre os itens que pretendo comprar, já dei uma pesquisada sim e vou ver se vai compensar na Black. Minha expectativa não é muito alta não (risos). Mas compensa esperar um pouco já que falta apenas um mês”, admite. 

image Para estudante de medicina veterinária, Black Friday é 'pura enganação'. (Cristino Martins | O Liberal)

Já Victoria Rodrigues não pretende gastar nada durante o período. A estudante de Medicina Veterinária de 21 anos trabalhou cerca de um ano em um shopping de Belém e pôde comparar a variação dos preços em períodos diferentes. Para ela, um dado comercial é 'pura enganação'. 

“Antes eu até caí na cilada de comprar as coisas na Black Friday, mas (...) durante o tempo normal, tava (custando) mais ou menos o mesmo valor do que o que eles colocam na Black Friday e na semana da Black Sexta-feira eles colocam um preço absurdo. O que eles vendiam normalmente a cento e pouco (reais) eles dizem que é centavos e pouco (reais) e fica por cento e pouco (reais), entendeu?”, revela. 

A jovem conta que os descontos são falsos e as pessoas acreditam nos descontos porque não frequentam as lojas diariamente. “São lojas pouquíssimas que realmente fazem promoção com alguns produtos, mas como pessoa que trabalhou no shopping por quase um ano (digo que) é pura enganação. O valor que eles vendem dizendo que tava em promoção é praticamente o mesmo valor que tava antes de entrar na Black Friday”, declara um estudante. 

Qual a expectativa do comércio paraense para a Black Friday?

As expectativas do varejo para os dados comerciais são altas, segundo Lúcio Cavalcanti, superintendente da Associação Comercial do Pará (ACP). “A estimativa é de que o alcance (de) resultados (seja) 10% maior do que no ano passado. Empresas já posicionadas no e-commerce deverão ter resultados impulsionados com mais intensidade”, avalia. 

Segundo Cavalcanti, há dois fatores que devem contribuir para o sucesso da Black Friday deste ano. O primeiro deles é um dado, que será o último dia útil do mês de novembro. “Ou seja, dados de pagamento e também no prazo limite para pagamento da primeira parcela do décimo terceiro”, analisa. O segundo fator é o fato do varejo antecipar as promoções, ampliando o período de compras. 

Para o superintendente da Associação Comercial do Pará, os setores de eletroeletrônicos, roupas e calçados, beleza e perfumaria, são setores que devem apresentar melhores resultados, mas as características específicas deste ano devem envolver vendas de outros setores.

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Economia
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