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Belém registra queda no custo da cesta básica pelo terceiro mês consecutivo

Apesar da redução, o valor ainda compromete quase metade do salário mínimo vigente de R$ 1.518,00

Thaline Silva*
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A cesta básica de Belém apresentou queda pelo 3º mês consecutivo, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) nesta sexta-feira (5). Em agosto de 2025, a cesta básica comercializada na capital paraense alcançou R$ 687,30, representando uma redução de 1,28% em relação a julho, quando o valor registrado foi de R$ 696,23.

Apesar da redução, o valor ainda compromete quase metade do salário mínimo vigente, de R$ 1.518,00, para a aquisição dos 12 itens que compõem a cesta básica. Para uma família padrão paraense, composta por dois adultos e duas crianças, o custo da alimentação básica chega a R$ 2.061,90, o equivalente a aproximadamente 1,35 salários mínimos. Em termos de jornada de trabalho, são necessárias cerca de 99 horas e 37 minutos para adquirir os produtos da cesta, considerando uma carga de 220 horas mensais previstas em lei.

Entre os produtos que apresentaram queda de preços em agosto, destacam-se o tomate (-3,13%), o café (-2,52%), a banana (-1,95%), o açúcar (-1,81%), o arroz (-1,62%), a farinha de mandioca (-1,50%), a carne (-1,17%), o feijão (-1,10%) e a manteiga (-0,11%). Por outro lado, alguns itens registraram alta, como o leite (0,49%) e o óleo de soja (0,24%).

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Acumulado de 2025 e variação em 12 meses

No balanço do Dieese/PA considerando os oito primeiros meses de 2025, a cesta básica em Belém acumulou alta de 3,22%. Os maiores reajustes ocorreram no café (42,04%), tomate (28,18%), pão (8,75%) e manteiga (2,06%). Por outro lado, arroz (-25,68%), óleo de soja (-12,67%), feijão (-11,48%), açúcar (-4,75%), farinha de mandioca (-2,68%), carne bovina (-2,56%), banana (-0,98%) e leite (-0,61%) registraram queda de preços.

Em relação ao mesmo período do ano passado (agosto de 2024 a agosto de 2025), o custo total da cesta básica em Belém apresentou aumento de 3,37%. Entre os produtos que tiveram reajustes acima da inflação estimada para o período (5,20%) estão o café (62,10%), óleo de soja (17,46%), carne bovina (9,61%), pão (9,10%), leite (7,40%) e manteiga (7,10%). Já o arroz (-25,88%), feijão (-11,62%), açúcar (-9,08%), tomate (-4,03%), farinha de mandioca (-2,68%) e banana (-0,79%) registraram queda de preços.

Situação nacional

Entre julho e agosto de 2025, o valor da cesta básica caiu em 24 das 27 capitais pesquisadas pelo Dieese em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com as maiores reduções em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%) e João Pessoa (-4,00%).

São Paulo registrou a cesta mais cara (R$ 850,84), seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Nos estados do Norte e Nordeste, os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622,00).

No acumulado de 12 meses, Recife (18,01%), Fortaleza (14,68%) e João Pessoa (13,33%) registraram as maiores altas, enquanto Belém teve aumento de 3,37%.

Segundo o DIEESE, para sustentar uma família de quatro pessoas com base na cesta mais cara (São Paulo), seria necessário um salário mínimo de R$ 7.147,91, ou 4,71 vezes o mínimo vigente (R$ 1.518,00). O tempo médio de trabalho para adquirir os produtos nas 27 capitais foi de 101 horas e 31 minutos, e os trabalhadores comprometeram, em média, 49,89% do salário mínimo líquido.

Produtos com queda de preços em agosto de 2025

  • Tomate: -3,13%
  • Café: -2,52%
  • Banana: -1,95%
  • Açúcar: -1,81%
  • Arroz: -1,62%
  • Farinha de mandioca: -1,50%
  • Carne: -1,17%
  • Feijão: -1,10%
  • Manteiga: -0,11%

Produtos com quedas acumuladas em 2025 (jan-agosto)

  • Arroz: -25,68%
  • Óleo de soja: -12,67%
  • Feijão: -11,48%
  • Açúcar: -4,75%
  • Farinha de mandioca: -2,68%
  • Carne bovina: -2,56%
  • Banana: -0,98%
  • Leite: -0,61%

Produtos com quedas em 12 meses (ago/2024-ago/2025)

  • Arroz: -25,88%
  • Feijão: -11,62%
  • Açúcar: -9,08%
  • Tomate: -4,03%
  • Farinha de mandioca: -2,68%
  • Banana: -0,79%

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

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