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Belém recebe eventos sobre desenvolvimento da mineração

Setor mineral defende legalidade das atividades industriais e necessidade de atração de mais investimentos

Fabrício Queiroz
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Empresários e profissionais do setor mineral participaram nesta terça-feira, 23, da abertura do Simpósio do Ouro e da Feira de Mineração da Amazônia, realizada na Estação das Docas, em Belém. A importância da área, que atualmente é responsável por mais de 67,8% das exportações paraenses, é um dos destaques dos eventos que segue até 25 de agosto, com palestras, painéis e debates de interesse para o segmento.

Uma das preocupações de lideranças do ramo é com o combate à extração ilegal realizada em áreas de conservação e reservas indígenas, por exemplo. “Entendemos que precisamos fazer um delimitador dessa questão. A atividade industrial de mineração não se confunde com esse tipo de atividade ilegal”, pontuou Miguel Nery, gerente executivo da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), responsável pela organização do encontro.

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“O objetivo do simpósio é mostrar que temos atividade industrial mineradora no Brasil, que produz ouro sim, mas que esse ouro é produzido com responsabilidade socioambiental, com tecnologia e condições de termos geração de emprego e renda, qualificação de pessoal e desenvolvimento na região”, frisou Nery, destacando ainda que o setor está preocupado na busca por atualizar o marco regulatório da mineração e com a adoção de novos mecanismos de financiamento compatíveis com medidas já adotadas em países como o Canadá e a Austrália, onde a atividade também tem relevância para a balança comercial.

image Miguel Nery, gerente executivo da ABPM, abordou a necessidade de distinção entre as atividades ilegais e o setor produtivo industrial (Filipe Bispo)

Para Ana Carolina Alves, vice-presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), o evento possibilita demonstrar que segmento está estruturado e tem capacidade de despontar como referência a nível nacional. “O estado do Pará já é o segundo maior exportador de minérios do país. A tendência é que ele venha se tornar ao longo dos anos o primeiro lugar porque a gente vem acompanhando isso pelos dados. Ter esse ambiente de promoção de negócios, de diálogo aberto com a sociedade como esse evento do Simpósio do Ouro, é uma oportunidade de mostrar os projetos, os incentivos que a gente tem e que há um ambiente propicio para o desenvolvimento do setor mineral no estado”, afirmou.

Nesse sentido, um dos avanços comemorados pelos participantes do encontro é a instalação de uma refinaria de ouro em Belém, com capacidade para processar cerca de 25% da produção do minério do país. O empreendimento está implantado no bairro do Tapanã, na rodovia Arthur Bernardes, e já recebeu licença da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) em maio deste ano e a expectativa é que entre em operação ainda em 2022.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, considera que a refinaria pode ampliar a produção de joias, bem como inserir a capital em uma rota econômica internacional. “Isso significa colocar Belém como coração da indústria do ouro no mundo. Isso representará, por exemplo, a necessidade de voos diários para a Europa. Tudo isso será benefício para nós, para integrar nossa cidade cada vez mais ao mundo e para deixar renda aqui e criar empregos especializados”, disse.

Durante a abertura do evento, o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), José Fernando Gomes Jr., falou dos projetos estruturantes e do fomento que o Governo do Estado tem promovido, especialmente no incentivo à verticalização e ao escoamento da produção. “Vários empresários de fora do estado e de fora do Brasil estão aqui para conhecer todas as ações desenvolvidas não só para o setor mineral, mas para todos os setores aqui no estado do Pará”, declarou Gomes, que enfatizou que há também um esforço para que os benefícios não sejam localizados, mas para que alcancem as diferentes regiões.

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