Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 9,767 bilhões em agosto

Impulsionado por safra recorde e queda nas importações, índice acumulado é o melhor da série histórica

O Liberal
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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta sexta-feira (1) que a balança comercial brasileira fechou o mês de agosto com um superávit de US$ 9,767 bilhões, resultado influenciado positivamente pela safra recorde de grãos e pela diminuição das importações de combustíveis. Esse desempenho representa um aumento de 137,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, considerando a média diária.

O superávit de agosto contribuiu para que o acumulado dos oito primeiros meses do ano atingisse a marca histórica de US$ 63,322 bilhões, tornando-se o melhor resultado para esse período desde o início da série histórica em 1989. Esse valor já supera o superávit comercial recorde de US$ 61,525 bilhões registrado durante todo o ano passado.

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No que diz respeito às exportações, houve um leve crescimento em agosto, enquanto as importações tiveram uma queda significativa. No mês passado, o Brasil exportou US$ 31,211 bilhões, o que representa um aumento de apenas 1,4% em comparação com o mesmo período de 2022, considerando a média diária. Já as importações totalizaram US$ 21,444 bilhões, uma redução de 19,6% pelo mesmo critério.

Safra recorde de grãos e a maior demanda por minério de ferro contribuíram 

A safra recorde de grãos e a maior demanda por minério de ferro contribuíram para a estabilidade das exportações, compensando a queda nos preços de algumas commodities no mercado internacional. Por outro lado, a redução nos preços do petróleo e de seus derivados foi o principal fator por trás da queda nas importações.

Após atingirem um recorde no primeiro semestre do ano passado, devido ao início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities tiveram um declínio nos últimos meses. Apesar do aumento no preço do petróleo e de outros produtos em agosto, os valores ainda estão abaixo dos registrados no mesmo mês do ano anterior.

Volume de mercadorias exportadas cresceu 15,8%

A análise detalhada revela que o volume de mercadorias exportadas cresceu 15,8%, enquanto os preços médios caíram 11,6% em média na comparação com agosto do ano passado. Já nas importações, a quantidade adquirida diminuiu 7,6%, com uma queda de 11,9% nos preços médios.

Nos setores específicos, o destaque nas exportações agropecuárias foi para o milho não moído (exceto milho doce) com um aumento de 10,8%, café não torrado (17,4%) e soja (14,8%). Vale ressaltar a soja, que, apesar de uma safra recorde, teve um aumento de 3,2% nas exportações em comparação com agosto do ano anterior, devido à queda de 20,4% no preço médio.

Ferro e níquel têm salto na exportação

Na indústria extrativa, o minério de ferro (10,3%) e os minérios de níquel (166,2%) foram os produtos com os maiores aumentos nas exportações em relação ao mesmo mês do ano anterior. Quanto ao petróleo bruto, as exportações caíram 6,6%, com uma diminuição de 31,2% nos preços médios em relação a agosto do ano passado, embora a quantidade exportada tenha aumentado 35,9%, impulsionada pelo crescimento da produção.

Na indústria de transformação, destacaram-se os aumentos nas exportações de açúcares e melaços (54,4%), alimentos para animais (25,4%) e equipamentos como bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores e aparelhos de filtragem (136,5%).

No âmbito das importações, os principais recuos foram registrados em produtos como trigo e centeio (65%), milho não moído (37,9%) e látex e borracha natural (42,1%) no setor agropecuário. Na indústria extrativa, os destaques foram gás natural (69,9%), carvão não aglomerado (58%) e óleos brutos de petróleo (5,6%). Já na indústria de transformação, as maiores reduções ocorreram em compostos organo-inorgânicos (38,2%) e adubos ou fertilizantes químicos (45,1%), especialmente devido à diminuição de 56,5% nos preços desses produtos.

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