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Arroz e feijão pesam no bolso do consumidor paraense

Itens básicos da alimentação, produtos somam altas, que já superam a inflação acumulada no ano

Elck Oliveira
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Dois dos principais itens da alimentação básica estão pesando mais no bolso dos paraenses: arroz e feijão acumulam altas durante o ano e fazem o consumidor repensar a tradição do prato que é a cara do Brasil. Levantamentos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), divulgados nesta segunda-feira (28), mostram que os preços dos dois produtos, embora com oscilações em alguns momentos, somam aumentos maiores até do que a inflação verificada no ano. 

Segundo o Dieese-PA, o preço médio do quilo do arroz vendido nos supermercados de Belém subiu nove vezes apenas neste ano e acumula alta superior à inflação calculada para o mesmo período. Em outubro,  por exemplo, o preço médio do quilo do produto ficou quase 3% mais caro do que o registrado em setembro. Assim, entre janeiro e outubro deste ano, o preço do arroz somou alta de quase 9%, contra uma inflação calculada em 4,81% para o mesmo período. Se levarmos em consideração os últimos doze meses, o preço do produto subiu 5,45%, saindo de R$ 5,14, em outubro de 2021, para os atuais R$ 5,42. 

Com o feijão, a realidade é um pouco diferente. Embora no último mês de outubro, o preço do produto tenha registrado uma queda - saiu de R$ 7,89 em setembro para R$ 7,71 em outubro, um decréscimo de 2,28% -  a realidade é que, ao longo deste ano, o preço médio do grão oscilou bastante e acumulou um reajuste de 17,53% entre janeiro e outubro deste ano, contra uma inflação, conforme citado anteriormente, de 4,81% para o período. Se analisarmos os últimos 12 meses, o produto também acumula alta de 11,10%, valor superior à inflação calculada em 6,46% para o mesmo período. 

Adaptações - Para a dona de casa Nalva Lopes, de 31 anos, está cada vez mais difícil manter o padrão de alimentação dos cinco filhos, cuja base é composta por arroz e feijão, justamente por causa dos altos preços. No supermercado que ela visitou na tarde desta segunda-feira (28), no centro de Belém, o preço médio do quilo do arroz está variando de R$ 4,09 a R$ 6,35, enquanto o preço médio do quilo do feijão oscila entre R$ 7 e R$ 8,69. 

“Realmente é muito complicado porque, além do feijão e do arroz, todos os outros produtos da cesta básica também estão caros. Então, quando você soma e coloca na ponta do lápis, fica realmente bastante pesado. O grande problema é que pras crianças arroz e feijão realmente fazem muita falta. Mas a gente vai adaptando. Tenta economizar ao longo do mês, substitui algumas coisas e deixa de comprar outras”, contou. 

 

 

 
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