Armarinhos e lojas de decoração de festas podem ter prejuízo de 30% no Carnaval

O centro comercial de Belém já começou a se vestir de carnaval, mesmo com o cancelamento das festas de rua. O período momesco costuma aquecer as vendas no centro comercial de Belém e, pelas vias do comércio, já é possível ver as fachadas e gondolas das lojas ornamentadas, oferecendo artigos carnavalescos dos mais variados. Porém, este ano, devido à pandemia de covid-19, o movimento nas lojas de armarinho e decoração, bastante procuradas pelos foliões para a aquisição de fantasias e adereços para o festejo, ainda é baixo e preocupa os lojistas.

Vendedora em uma loja de artigos de costura e artesanato, Nilce Silva avalia que o movimento de clientes está cerca de 30% menor em relação ao ano passado. “O que é compreensível, já que estamos vivendo a segunda onda da pandemia e as festas continuam restritas. Nossa expectativa é que, mais próximo da semana do carnaval, as vendas melhorem um pouco mais”, acrescenta.

A vendedora conta que as fantasias infantis são os mais procurados na loja. “Costumamos vender muita pedraria, plumas e outros materiais para customização, mas agora tenho a impressão de que as festas serão mais familiares, por isso os adultos estão procurando mais acessórios para as crianças. Imagino que não vejamos grandes aglomerações nas ruas, como acontece nos blocos e desfiles de escolas de samba”, pontua Nilce. 

É o caso da advogada Luciana Gomes, que planeja para o carnaval uma confraternização com a família, mas sem aglomerações. “Sempre festejamos o carnaval, ornamentamos a casa, reunimos a família, participamos de blocos de rua, é aquela festa. Mas este ano não vamos fazer nada disso, cada um vai ficar na sua casa. Lá em casa, vou comemorar apenas com meus pais e meu irmão, só para não passar em branco”, conta.