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Apesar de quedas recentes, alta acumulada nos preços de verduras e legumes ainda supera a inflação

A pesquisa foi feita em feiras livres e supermercados de Belém

Madson Sousa / Especial para O Liberal
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De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), os preços da maioria das hortaliças, verduras e legumes comercializados e consumidos em Belém apresentaram queda em agosto, na comparação com julho. A pesquisa foi feita em feiras livres e supermercados da capital. No entanto, o balanço acumulado de janeiro a agosto de 2025 mostra que a maioria dos produtos hortifrutigranjeiros permanece mais cara. Muitos itens registraram reajustes bem acima da inflação do período, estimada em 3,0%.

No levantamento de janeiro a agosto deste ano, os maiores aumentos ocorreram nos seguintes itens pesquisados: cebola kg com alta acumulada de 29,52% seguido do alface maço com alta de 24,36%; maxixe kg com alta de 14,62%; jambu maço com alta de 12,37%; cebolinha maço com alta de 10,57% e o feijão verde maço com alta de 8,82%. No levantamento, alguns itens pesquisados apresentaram recuos de preços, os mais expressivos foram: macaxeira kg com queda de 42,24% seguida da batata kg com queda de 29,55%; abóbora kg com queda de 24,03%; chuchu kg com queda de 16,43% e o repolho kg com queda de 11,53%.

image Segundo o Dieese/PA, a oscilação nos preços está relacionada à oferta dos produtos no período, influenciada por fatores climáticos e de produção. (Ivan Duarte / O Liberal)

Já quando comparado de agosto a julho, as maiores reduções foram da cebola (kg), com queda de 16,18%; chuchu (kg), com 14,16%; quiabo (kg), 12,49%; maxixe (kg) 11,40% e repolho (kg) 11,09%. Por outro lado, alguns itens apresentaram aumento de preços no mesmo período, como a macaxeira (maço) 11,32%; pimentão verde (kg) 9,62%; beterraba (kg) 8,30% e a cenoura (kg) com 1,86%. Segundo o Dieese/PA, a oscilação nos preços está relacionada à oferta dos produtos no período, influenciada por fatores climáticos e de produção.

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Para o pintor Kedisom Matos a redução dos preços não foi sentida, ele atribui o aumento em muitos casos a logística. “Sempre que venho na feira noto um aumento, não era para está assim. Antes eu vinha com R$100,00 reais e dava para levar mais produtos, eu suponho que tenha aumentado uns 40%. Antes eu comprava o limão a 50 centavos e agora saí a R$1 real.”

O vendedor Josué Messias admite o aumento em alguns produtos como a cenoura, tomate e pimentão verde, mas que tem evitado passar o reajuste aos consumidores nesse momento. “Mesmo com alguns aumentos, procuro manter o mesmo valor aos meus clientes. A batata teve um aumento de 20%, eu comprava a R$55,00 e agora estou comprando a R$70,00, a mesma coisa com a cenoura e o tomate que aumentou em média 20%.”

image Para a vendedora o aumento de alguns produtos é influenciado pelo reajuste no frete. (Ivan Duarte / O Liberal)

Já para a vendedora Elisângela Melo o aumento de alguns produtos é influenciado pelo reajuste no frete, já que alguns itens vêm de fora do estado. “Sentimos o impacto desse aumento em alguns produtos de hortaliças e verduras, como a cenoura que teve um pequeno reajuste e o tomate. O que encarece é o frete e isso acaba subindo o preço do produto. Apesar disso, tenho tentado segurar os preços.”

Na feira da 25 de setembro, no bairro do Marco, o tomate está saindo em média a R$10,00; chuchu R$8,00; cenoura R$10,00; pimentão verde R$12,00; batata R$10,00 e couve R$3,00. Segundo o Dieese/PA, o comportamento de preços reflete tanto questões sazonais quanto variações na oferta dos produtos, influenciadas pelo clima e custos de produção.

A servidora pública Gilvanilse Gomes diz que não notou aumento em alguns produtos e que prefere a compra de verduras e legumes nas feiras livres, onde ainda é possível encontrar preços mais atrativos, já que os feirantes negociam diretamente com produtores locais. 

“Sempre venho aqui na feira, as vezes tem uma variação, mas até que que agora tem estado mais enconta o preço das verduras e legumes que algo que consumimos muito. Lá em casa temos duas crianças e fazemos questão de ter na mesa as verduras e legumes que é uma coisa que não tem aumento de preços, dá para consumir, dá para botar na mesa.”

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