Alta no preço do tomate supera inflação e pesa no bolso dos consumidores de Belém, diz Dieese-PA

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18) aponta aumento de quase 6% no preço do tomate em 2024

Amanda Engelke
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O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA) divulgou, nesta segunda-feira (18), que o reajuste no preço do tomate no mês de fevereiro foi um dos fatores que contribuíram para o aumento no custo da Cesta Básica dos belenenses. A cesta agora custa R$ 665,12. Este valor compromete mais da metade do salário mínimo atual, de R$ 1.412. Em fevereiro, a cesta em Belém custava R$ 656,78.

A análise comparativa de preços do tomate realizada pelo órgão mostra um aumento de 3,23% no em fevereiro deste ano, em relação ao mês anterior. No acumulado do ano (janeiro e fevereiro de 2024), o produto registra uma alta de preço de 5,64%, e nos últimos doze meses (fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024) o reajuste acumulado é de 3,87%. Em todos os períodos comparativos, o reajuste acumulado no preço do tomate superou a inflação calculada.

“Assim como a maioria dos alimentos básicos, a produção e comercialização do tomate também sofre com os efeitos sazonais ligados à entressafra (período que ocorre após o fim da colheita até o início de um novo ciclo produtivo) e, mais recentemente, conta ainda com os impactos das fortes variações climáticas”, aponta o órgão, acrescentando que a tendência para o mês de março é de nova alta no preço do produto.

A trajetória do preço

O Dieese-PA apresentou ainda, na pesquisa, a trajetória do preço do tomate comercializado em feiras livres e supermercados da capital paraense. De acordo o estudo, em fevereiro do ano passado, em média, o quilo do produto foi comercializado a R$ 9,55, encerrado o ano (dezembro de 2023) a R$ 9,39. Já em janeiro deste ano, o tomate foi comercializado, em média, a R$ 9,61, e no mês passado voltou a apresentar alta, registrando o valor médio de R$ 9,92.

Veja a trajetória do preço médio do tomate (kg):

• Dezembro/23: R$ 9,39
• Fevereiro/23: R$ 9,55
• Janeiro/24: R$ 9,61
• Fevereiro/24: R$ 9,92

A variação nos preços (%):

• Mês: 3,23% (inflação do período: 0,81%)
• Ano: 5,64% (inflação do período: 1,38%)
• 12 meses: 3,87% (inflação do período: 3,86%)

Fonte: Dieese-PA

Cesta básica mais cara

A pesquisa aponta ainda que a maioria dos produtos que compõem a Cesta Básica ficaram mais caros em Belém, com o tomate registrando a segunda maior alta de preço no mês passado, ficando atrás apenas do arroz. Entre janeiro e fevereiro, o preço médio do arroz aumentou em 14 capitais das 17 analisadas pelo Dieese. Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço. Nas prateleiras dos supermercados, a tendência foi de alta do preço médio.

Em janeiro, conforme divulgação do Dieese-PA na ocasião, o preço do arroz e do feijão subiu mais de 15% entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, na capital paraense. O óleo, naquele mês, foi o que teve maior reajuste na cesta básica: quase 20%. O preço médio do óleo de soja ficou em R$ 8,30 (19,77% mais caro). O quilo do feijão custou R$ 7,87 (alta de 17,81%) e o do arroz R$ 7,11 (alta 15,24%). Naquele mês, o tomate já apresentava alta de 2,34%.

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