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Pará lidera geração de empregos formais no Norte em março, mas cresce apenas 0,15%

Com 1.489 novas vagas, estado teve o 11º melhor saldo do país, mesmo com retração salarial e perda de postos na indústria e agropecuária.

Jéssica Nascimento
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O Pará gerou 1.489 empregos formais em março de 2025, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (30/04) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apesar do crescimento tímido de 0,15%, o estado teve o melhor desempenho da Região Norte, respondendo por 28% do saldo positivo regional.

Crescimento tímido, mas liderança regional

Segundo o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego, o Pará registrou 39.845 admissões e 38.356 demissões em março. O saldo positivo, embora modesto, posicionou o estado como o 11º com maior geração de empregos no país no mêsSão Paulo liderou, com 34.864 postos.

Na Região Norte, o saldo total foi de 5.170 empregos, e o Pará liderou com destaque, seguido por Rondônia (1.102). O Amapá, por sua vez, teve o maior crescimento proporcional da região, com variação positiva de 0,4%.

Setor de serviços puxa geração de empregos

O setor que mais contribuiu para a geração de empregos no Pará foi o de serviços, com saldo positivo de 939 vagas. Em seguida, a construção civil apresentou 836 novos postos e o comércio, 275

Já a indústria e a agropecuária apresentaram saldos negativos, com 100 e 461 empregos a menos, respectivamente.

Jovens e mulheres foram maioria entre os admitidos

A maioria dos novos trabalhadores formais no estado tem entre 18 e 24 anos, com ensino médio completo. As mulheres foram maioria entre os admitidos, com 778 novas vagas preenchidas.

Entre as ocupações, o destaque foi para trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (1.029), seguidos por setores administrativos (437), profissionais das ciências e das artes (343) e técnicos de nível médio (221).

Salário médio cai, mas ainda é o maior da região

O salário médio de admissão no Pará foi de R$ 2.030,30, o maior entre os estados do Norte. Apesar disso, houve queda de 0,3% em relação ao mês anterior. A média salarial regional ficou em R$ 1.932,04, com recuo de 2,07%.

Trimestre com saldo positivo e alerta no setor bancário

De janeiro a março de 2025, o Pará acumulou saldo positivo de 9.220 empregos, com 126.666 admissões e 117.446 desligamentos. No mesmo período, a Região Norte criou 29.872 postos formais, e o Pará respondeu por mais de 30% do total.

Entretanto, setores específicos enfrentam desafios. De acordo com Cristiano Moreno, diretor jurídico do Sindicato dos Bancários do Pará, o segmento financeiro registra redução de empregos:

"Os bancos seguem com lucros recordes, mas temos visto queda nas contratações, especialmente em bancos privados", alertou o dirigente.

Emprego formal cresce no Brasil com saldo de mais de 71 mil postos

O mercado de trabalho formal brasileiro apresentou desempenho positivo em março de 2025, com a criação de 71.576 novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged. O número resulta de 2.234.662 admissões contra 2.163.086 desligamentos registrados no período.

Com esse resultado, o país atingiu um estoque total de 47,8 milhões de vínculos formais, o que representa uma variação de +0,15% em relação a fevereiro. No acumulado do ano, de janeiro a março, foram criadas 654.503 vagas formais, e no recorte de 12 meses, o saldo positivo é de 1.613.752 postos de trabalho.

Setor de serviços também impulsiona geração de vagas no país

Três dos cinco principais setores econômicos puxaram a geração de empregos em março. O setor de serviços liderou, com +52.459 vagas, seguido pela construção civil (+21.946) e pela indústria (+13.131). Em contrapartida, o comércio registrou perda de 10.310 postos, e a agropecuária, de 5.644 empregos.

Jovens, mulheres e pessoas pardas lideram novos postos

Assim como no Pará, o crescimento da ocupação formal no Brasil foi mais expressivo entre os jovens de 18 a 24 anos, que ocuparam 77.902 vagas das criadas no mês. Pessoas com ensino médio completo também se destacaram, com 63.639 novos empregos.

No recorte por gênero, as mulheres conquistaram a maioria dos novos postos: 48.922, enquanto os homens somaram 22.654. Já no critério de raça/cor, pessoas que se autodeclararam pardas obtiveram o maior saldo, com 84.773 empregos, seguidas pelos trabalhadores brancos, com 42.194.

Norte tem crescimento acima da média, mas menor salário do país

A região Norte gerou 5.170 novos empregos formais em março, o que representa um crescimento de 0,21% — a terceira maior variação proporcional entre as cinco regiões do Brasil. Ficou atrás apenas do Sudeste (+0,20%) e do Sul (+0,28%), e à frente do Centro-Oeste (+0,16%) e do Nordeste, que teve saldo negativo de -13.199 vagas (-0,17%).

Apesar da performance positiva, o Norte ainda apresenta fragilidade em termos de remuneração: teve o menor salário médio de admissão do país, com R$ 1.932,04, e uma queda de 2,07% em relação ao mês anterior. A média nacional foi de R$ 2.225,17, com leve aumento de 0,18%.

 

 

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