Alta acumulada da cesta básica em Belém é de 22%
Maioria dos produtos pesquisados ficou mais cara, com destaque para o feijão

O ano começou no mesmo ritmo de altas nos preços da alimentação em Belém. Em janeiro, a cesta básica comercializada na capital subiu 1,28% e custou R$507,31, o que representa impacto de cerca de metade do novo salário mínimo de R$1.100, que entrou em vigor em 1º de janeiro. Nos últimos 12 meses, a alta chega a 22%. É o que apontou o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) divulgado nesta segunda-feira, 8.
Segundo o Dieese, a maioria dos produtos pesquisados ficou mais cara, com destaque para o feijão, com alta de 9,16%; manteiga, 4,02%; açúcar, 3,65%; leite, 2,51%; arroz, 1,83%; café, 1,19%; e carne bovina, 1,17%.
Em janeiro, apenas o tomate teve redução de preço, com recuo de 1,83%.
O Dieese observa que, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, efetuada pela instituição, em janeiro, das 17 capitais pesquisadas, 13 apresentaram elevações no valor total da cesta e, nas outras quatro, houve reduções.
Em janeiro, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.521,93. Para a aquisição, foi necessário aproximadamente 1,38 salário mínimo para garantir as mínimas necessidades somente com alimentação.
O levantamento mostra que, em Belém, para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador teve que comprometer 49,86% do novo salário mínimo de R$ 1.100,00, o que corresponde a 101 horas e 28 minutos trabalhadas das 220 horas previstas em Lei.
Doze meses
O levantamento mostra que nos últimos 12 meses, o custo da alimentação básica em Belém acumulou alta de 22,08%, bem acima da inflação estimada para o mesmo período, em torno de 5%.
Ainda segundo o Dieese, de janeiro de 2020 a janeiro de 2021, todos os produtos que compõem a alimentação básica dos belenenses tiveram alta de preços, com destaque para o óleo de soja (cozinha), com reajuste acumulado de 105,76%; arroz, 85,93%; tomate, 33,20%; carne bovina, 27,06%; feijão, 25,04%; leite, 24,41%; farinha de mandioca, 19,93%; açúcar, 15,67%; banana, 11,78%; manteiga, 8,68%; e café, com alta acumulada no período de 7,93%.
Em janeiro, das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, São Paulo teve a alimentação básica mais cara, custando R$ 654,15, seguida de Florianópolis, com o custo de R$ 651,37, e Rio de Janeiro com o custo de R$ 644. Belém ficou entre as doze capitais mais caras do País, com a cesta custando 507,31.
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