Alckmin fala em empenho para reverter tarifas dos EUA em reunião com empresariado
Alckmin reforçou ainda que o governo brasileiro está empenhado para resolver a questão das tarifas e disse que a intenção é ouvir as sugestões de todos os setores envolvidos

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, iniciou a primeira reunião do comitê com o setor produtivo afirmando que o governo trabalha para reverter as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos contra o Brasil. Alckmin classificou a decisão do governo americano como absolutamente inadequada.
"Os Estados Unidos têm déficit na balança comercial com boa parte do mundo, mas têm superávit na balança comercial com o Brasil. Tanto no setor de serviços quanto de bens", apontou o vice-presidente. Alckmin destacou ainda que o superávit dos americanos tem longa data, se mantendo há 15 anos.
O vice-presidente disse que o governo brasileiro dialogou ainda com representantes do setor industrial americano que podem ser afetados pela elevação das tarifas. "Nós conversamos com os parceiros americanos do setor industrial para eles também se envolverem nesse trabalho, mostrando que isso não só encarece, prejudica a economia brasileira, mas também encarece os produtos americanos. E ainda mais com a questão da exiguidade do tempo", disse durante a reunião.
Alckmin reforçou ainda que o governo brasileiro está empenhado para resolver a questão das tarifas e disse que a intenção é ouvir as sugestões de todos os setores envolvidos. "É importante a participação de cada um de vocês nas suas áreas específicas para a gente fazer um trabalho aqui bem conjunto", finalizou.
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Comitê
O nomeado Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi oficializado no decreto que regula a Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25). A reunião desta terça-feira conta com a presença de 18 executivos de diferentes setores. O comitê realiza uma segunda reunião ainda nesta terça, quando o foco será o agronegócio.
Na semana passada, a Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, avaliou que o impacto do aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos para o Brasil de 10% para 50% tende a ser pouco significativo no crescimento de 2025, embora alguns setores da indústria de transformação possam ser especialmente prejudicados. A análise constou no Boletim Macrofiscal divulgado na última sexta-feira, 11.
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