'Ver de Ver-o-Peso' de volta em dois dias no Margarida Schivasappa

"Ver de Ver-o-Peso" volta a cartaz em curta temporada nesta quinta e sexta-feiras, 17 e 18, no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur, sempre às 20 horas. O comédia de costumes paraenses, teatro de revista e sátira do Grupo Experiência completa 40 anos com textos sempre atualizados às críticas sociopolíticas contemporâneas e a perpétua veia humorística que fidelizou o público.

Nesta temporada de Círio, Epaminondas Gustavo, personagem de Cláudio Rendeiro, tem participação especial com paródias ao lado de Natal Silva, Lucinnha Bastos e Paulo Fonseca (Paulão). Ainda, o diretor Geraldo Sales, antecipa que a mensagem de preservação da floresta Amazônica é reforçada nesta edição com um protesto contra as queimadas, logo na abertura do espetáculo.

"O Ver de Ver-o-Peso faz sucesso há tantos anos porque existe dentro de cada paraense um Ver-o-Peso. As pessoas vão lá, se identificam e riem de situações, riem até de si mesmas. O espetáculo é isso", descreve Geraldo Sales, fundador do Experiência e idealizador e diretor de Ver de ver-o-Peso, de 77 anos de idade, que se mantém nos palcos, em duas cenas do espetáculo.

No elenco, Lucinnha canta e também mostra o lado atriz; Natal incorpora a personagem histórica "Maria Igarapé", prostituta que era ridicularizada nas ruas de Belém; Paulão e Yeyé Porto fazem os feirantes; em outra cena, Paulão e Natal formam um casal que chega do interior para participar do Círio de Nazaré; Paulo Cunha e Mário Filé interpretam os urubus, que são testemunhas onipresentes de todas as cenas que se desenrolam no cartão postal da capital paraense; entre outros artistas e personagens.

Epaminondas é outro caboclo interiorano que chega a Belém para o Círio. "É uma honra para mim participar do 'Ver de Ver-o-peso' e ter contato com a Yeyé, Natal, Paulão e a própria drieção do Geraldo Sales. Toda vez que entra em cartaz sempre vou assistir e acho muita graça. Também sou fã de carteirinha da Lucinnha", comemora o humorista.

Ele fará participações em três cenas, contracenando com Natal, Paulão e Lucinnha, e também vai apresentar duas de suas famosas paródias. Rendeiro participou anteriormente da peça, na temporada de junho deste ano, no Theatro da Paz, onde apresentou uma paródia diferente, a "Raza do Açaí", além de uma pequena participação na abertura da apresentação feita no último dia 10, no Sesi.

"O espetáculo tem uma estrurtura que não muda nunca, que começa com o despertar da feira, seguido de meio e fim. De acordo com o que está acontecendo social e politicamente na Amazônia, no Pará e no Brasil, transformamos em sátira e crítica para apresentar no espetáculo, que sempre traz novidades. Na realidade, através do riso o espetáculo mostra assuntos sérios. A preocupação com a conservação da floresta está presente no Ver de Ver-o-Peso há muitos anos, desde que foi montado, pois no final do espetáculo sempre é recitado o poema sobre o assunto - originalmente escrito Alfredo Gantush - e pela música 'Amazônia', de Armando Hesket. Precisamos mostrar que a Amazônia vai perecer se não tomarmos uma atitude para salvá-la", explica Sales.

Outras críticas que permanecem na peça são os registros internacionais de propriedade de elementos naturais da Amazônia, como a castanha-do-pará, e a comercialização massiva pela indústria coméstica internacional de produtos feitos a partir das ervas, raízes e frutos regionais.

Agende-se:
Espetáculo "Ver de Ver-o-Peso"
Data: quinta e sexta-feiras, 17 e 18/10, às 20h
Local: Teatro Margarida Schivasappa, do Centur (Av. Gentil Bitencourt, 650, Batista Campos)
Ingressos a R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia) à venda na bilheteria