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“Falta de liberdade é a pior coisa que tem", diz Laura Cardoso

Aos 91 anos, atriz fala ainda dos preconceitos enfrentados no início da carreira

Redação Integrada com informações de Quem Acontece
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Prestes a encarar o papel de moradora de rua na nova novelas das nove "Dias Felizes", Laura Cardoso está mais vital do que nunca. Aos 91 anos de idade, sendo mais de 70 dedicados a atuação, a atriz deu uma entrevista à Quem Acontece, onde falou sobre as dificuldades da carreira no período da Ditadura Militar no Brasil, e diversos outros temas.

Somente na TV, Laura soma mais de 80 produções no currículo. Entre elas estão as marcantes Isaura, a mãe que amava mais uma filha que a outra, de "Mulheres de Areia" (1993); a cigana Soraya, de "Explode Coração" (1995); e a avó trapaceira Dona Sinhá, em "Sol Nascente" (2016).

Ela conta que na década de 40 as dificuldades eram muito grandes para atores e atrizes, por a profissão era mal vista. “Havia uma crítica por eu não seguir esse padrão. A mulher nascia para ser dona de casa, do lar. Não sei nem cozinhar. Não sei fazer comida de jeito nenhum (risos). Eu sou da rua mesmo! Falavam que a atriz era puta e o ator cafajeste. Eu enfrentei esse preconceito. Seria bobagem dizer que não. Tinha 16 anos, pintava a minha cara para ir para o rádio fazer auditório", relatou.

E foi com a coragem que enfrentou os preconceitos no início da carreira, que Laura disse ter trabalhado no período da Ditadura Militar. "A profissão me preencheu. Mas na Ditadura Militar, tinha medo de trabalhar. Estava no teatro naquela época e não sabia o que podia falar, o que ia acontecer. Ditadura nunca mais! Falta de liberdade é a pior coisa que tem. Quem fala que tem saudade não sabe o que está falando”, alfinetou.

Considerada uma mulher a frente do seu tempo, Laura disse à Quem: “Se vejo dois homens juntos se amando, ou duas mulheres, acho normal. Cada um é um mundo e pode fazer desse mundo o que quiser. Ninguém tem o direito de te censurar. Eu, hein?! O importante é buscar sua felicidade e dormir com quem você quiser. É um pecado mortal censurar a vontade do outro, o sonho dele. Desde o meu tempo de menina isso existia. Mas era mais em segredo. Hoje não é mais assim. Eu acho lindo ver dois homens de mãos dadas na rua. Por que estragar isso? Sempre fui assim, sem preconceito algum”.

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