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Sem folia, Carnaval será na tela do computador e da televisão

Especial da TV Cultura mostrará as oito escolas de samba do grupo especial

Vito Gemaque

Nunca existiu um Carnaval sem aglomerações. A multidão de pessoas nas ruas em blocos de sujos nos bairros, no desfile das escolas de samba ou nos blocos mais famosos fazem parte da alegria da festa. Cantar, pular, rir, beber e beijar são os verbos que juntos se transformam no Carnaval. Neste ano, a folia dará espaço para a prevenção com o grande intuito de preservar a vida. Para evitar qualquer aglomeração, e impedir a propagação do novo coronavírus, as autoridades decidiram cancelar o Carnaval no Estado do Pará e em Belém. A saída para os artistas e foliões será acompanhar o programa especial com as escolas de samba do grupo especial pela TV Cultura, a partir da próxima terça-feira, dia 9, às 19h.

O programa especial de uma hora será exibido na TV Cultura em oito episódios, um para cada escola do grupo especial, que são Xodó da Nega, Embaixada, Matinha, Deixa Falar, Rancho Não Posso Me Amofinar, Quem São Eles, Bole Bole e Piratas da Batucada. Segundo o diretor de Carnaval da Liga das Escolas de Samba, Fernando Guga Gomes, os episódios já foram todos gravados e estão na edição sendo finalizados. “O primeiro bloco é contando a história de como foi fundada cada escola, entrevistando os personagens, os beneméritos, contando as histórias, é em um mini documentário, e no segundo bloco será uma apresentação musical mesmo, com cada agremiação tocará o seu samba enredo que seria apresentado neste ano”, explica.

Ex-presidente da Agremiação Carnavalesca Rancho Não Posso Me Amofinar, do bairro do Jurunas, Fernando Guga, lamenta o cancelamento do Carnaval, mas acredita que essa foi a decisão mais sensata. “Durante a pandemia muitas coisas ficaram enterradas, mas todas as escolas têm sambas-enredos, dentro do possível essas etapas foram acontecendo, mas como as coisas não normalizaram... O prejuízo é imenso, agora que estaríamos vivendo o ápice do movimento da economia com costureiras e artesãos nos barracões, amanhã (sábado) essa receita dobraria, incluímos aí segurança, decoradores, empurradores de alegorias, uma galera que pergunta se não terá trabalho, contamos que não e isso doí”, revela.

Um dos membros da diretoria do Bole Bole, Állan Pombo, confirma o sentimento de Guga. “O sentimento é coletivo de todo o segmento. Angústia e tristeza, todavia, entendendo que o momento nos impede, mas não tem como pensar em todo circuito do Carnaval, que emprega costureiras, artistas, músicos, ambulantes e muita gente”, disse. “Esperamos que a cidade de Belém seja imunizada e que ano que vem tenhamos o melhor carnaval de todos os tempos”, espera.

O titular da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), Michel Pinho, informou que o repasse que estava previsto pela prefeitura para o Carnaval totalizava mais de um milhão de reais, para que sejam feitas atividades em toda a cidade. “Tenho duas percepções. A primeira como brincante, porque realmente brinco o Carnaval e vejo muita tristeza de um lado, agora como gestor da Fumbel digo que essa é a decisão mais acertada para a proteção de todas as pessoas de Belém”, defende. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), o prefeito Edmilson Rodrigues fará uma live na próxima segunda-feira, dia 8, para anunciar a programação do projeto Carnaval O Ano Todo.

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Cultura
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