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Samuel Marinho é indicado ao Prêmio Jabuti de Literatura

Maranhense radicado no Pará, o contador da Justiça Eleitoral concorre com a obra 'Poemas de última geração'

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Com a obra “Poesias de última geração”, o escritor maranhense Samuel Marinho é pré-finalista do Prêmio Jabuti de Literatura de 2020. Ele concorre com nove autores na categoria poesia. O autor, que é contador e servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, recebeu a indicação ao Prêmio com uma recompensa por afirmar a importância da arte na formação do ser humano.

“Ter seu trabalho validado por um júri tão seleto num prêmio tão importante é um privilégio”, descreve Samuel, um escritor ainda pouco conhecido, que concorre ao lado de nomes já consagrados, como o também maranhense Salgado Maranhão. “Estar nessa lista já é uma grande vitória”, afirma.

O prêmio Jabuti é a premiação mais tradicional e importante da literatura brasileira. Servidor há 14 anos, ele tem o TRE do Pará como sua casa. Explica que a poesia é o dia a dia, a soma de todos os efeitos que vivenciamos.

“Não fosse o apoio do Centro Cultural da Justiça Eleitoral – CCJE para a divulgação do meu trabalho, tanto no lançamento do primeiro livro, ‘Poemas In Outdoors’ em janeiro de 2019, como neste que foi indicado ao Jabuti, o ‘Poemas de Última Geração’ em fevereiro de 2020, eu não teria condições de divulgar os livros de uma forma profissional, como foi feita com o apoio deles. Só tenho gratidão a tudo que o Tribunal investe para proporcionar que nossas potencialidades sejam elevadas”, relata.

Samuel Marinho se formou em ciências contábeis no ano de 2005. Natural de São Luís, se mudou no ano de 2006 para Belém, quando foi aprovado em concurso para o Tribunal Regional Eleitoral do Pará. A cidade de São Luís, como conta o servidor, é um berço para a poesia. Sua paisagem, com ruas e casarões históricos carregados de ancestralidade, inspira os que por lá circulam.

“Tornei-me contador para’ “fugir’ da poesia, que era uma fissura desde a infância”, conta o servidor, que escreve desde os 12 anos. As inspirações de Samuel são muitas, tendo começado com a música, através das letras da banda Legião Urbana. “A partir daí, também comecei a me interessar pelas referências literárias que o Renato Russo colocava em suas músicas. Comecei a ouvir outros artistas da MPB que também são grandes poetas, como Belchior, Caetano Veloso e Lenine, entre outros”, conta.

Na literatura, Drummond, Cecilia Meireles e Fernando Pessoa são alguns exemplos que o escritor nos apresenta, além do irmão, Samarone Marinho, que já foi finalista do prêmio Jabuti. Samuel publicou um e-book de poesias em 2001, quando cursava Letras. Porém, foi em 2014 que o poeta maranhense Ricardo Leão escreveu um artigo sobre seu livro e o consultou a respeito de outros escritos.

Samuel enviou os arquivos que tinha desde o ano de 2001, e em 2018, recebeu uma proposta de Ricardo para que seus poemas fossem enviados para a Editora Penalux. “Eu topei a empreitada, pedi que ele me reencaminhasse os poemas que eu tinha perdido e dessa revisão e reencontro com meus poemas daquela época surgiu o livro Poemas In Outdoors, publicado em 2018 pela Editora Penalux, e prefaciado pelo próprio Ricardo Leão”, relata Samuel, que desde então voltou a ter contato com a poesia, até escrever o seu livro indicado ao prêmio Jabuti, “Poemas de Última Geração”, fruto de uma imersão poética que durou três meses.

O livro “Poemas de Última Geração”, publicado nesse ano de 2020, traz uma “reflexão sobre os rumos da contemporaneidade em vários aspectos: éticos, filosóficos, psicológicos, sociais e políticos. É um projeto em que forma e conteúdo estão entrelaçados”, explica Samuel.

Os poemas trazem referências a expressões como selfies, post, stickers, streaming, clara conexão com o mundo virtual de hoje. “Há poemas atribuídos a outros autores, numa referência irônica à atmosfera de confusão autoral presente na internet. Há poemas de claro descontentamento político e social com a situação do país também. E há poemas que falam dos temas de sempre, amor, vida, morte e saudade, tudo salpicado com referências culturais a filmes, séries e músicas de que sempre fui fã”, conta.

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