Quem é Wagner Moura, o primeiro brasileiro premiado como melhor ator no Festival de Cannes

O ator caiu nas graças do público ao dar vida ao Olavo, vilão de Paraíso Tropical, da Globo

Estadão Conteúdo
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O ator Wagner Moura ganhou o prêmio de melhor ator do Festival de Cannes neste sábado (24/05), por sua atuação no filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho. Foi a primeira vez na história da categoria que um brasileiro foi premiado.

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Vale lembrar que, na categoria de atuação feminina, Fernanda Torres (por Eu Sei Que Vou Te Amar, de 1986) e Sandra Corveloni (por Linha de Passe, em 2008) já haviam vencido como melhor atriz.

No filme, seu personagem, Marcelo, é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta à cidade de Recife, em Pernambuco, em plena ditadura militar, em busca de uma vida mais tranquila, mas percebe que isso não será tão simples.

Ele não esteve presente para receber o prêmio, que foi entregue ao diretor do longa, que estava na França.

Quem é Wagner Moura?

Nascido em Salvador, capital da Bahia, em 27 de junho de 1976, o ator tem 48 anos atualmente e recebeu o prêmio mais importante de sua carreira no Festival de Cannes deste ano.

O público em geral deve se lembrar especialmente de suas passagens pela TV. Ganhou projeção nacional quando participou de seriados da Globo no começo dos anos 2000. Entre eles, Carga Pesada, em que viveu Pedrinho, filho do personagem Bino (Stênio Garcia), que apareceu com recorrência na primeira temporada da série. Em 2003, também esteve no elenco fixo do quadro Homem Objeto, do Fantástico, inspirado na peça de mesmo nome de Luis Fernando Veríssimo.

Depois, ao lado de Lúcio Mauro Filho, Bruno Garcia e Lázaro Ramos, estrelou o seriado Sexo Frágil, que teve duas temporadas na Globo. Fez sua estreia em uma novela em A Lua Me Disse (2005), na faixa das 7. No ano seguinte, deu vida a Juscelino Kubitschek em sua juventude na série JK (2006).

Foi em Paraíso Tropical que conseguiu mais destaque e ficou marcado pelo grande público, interpretando Olavo, vilão que tinha um alto cargo na empresa da família, mas era preterido na linha sucessória. Na trama, chamavam atenção suas cenas com a prostituta Bebel (Camila Pitanga), com quem tinha uma relação de altos e baixos.

NO CINEMA

A partir de 2007, Wagner Moura passou a dar mais prioridade à sua carreira cinematográfica, que já existia antes. Em Carandiru (2003), foi elogiado ao viver o personagem Zico. Também esteve em longas como Deus É Brasileiro (2003) e Cidade Baixa (2005).

Sua estreia nos longas-metragens se deu em Sabor da Paixão (2000), protagonizado por Penélope Cruz, em que contracenou com Murilo Benício e seu amigo e conterrâneo Lázaro Ramos, com quem atuaria em outros tantos filmes.

O Capitão Nascimento, de Tropa de Elite (2007) acabou sendo um marco em sua carreira. O filme, que foi pirateado e visto por muitos espectadores antes mesmo de sua estreia oficial, foi bastante elogiado e é cultuado até os dias de hoje. Ele voltou como Coronel na sequência da produção, em 2010.

Em seguida, vieram outros longas conhecidos, como Saneamento Básico (2007), Ó Paí, Ó (2007), VIPs (2010), O Homem do Futuro (2011). Também buscou carreira internacional integrando o elenco de Elysium (2013) e Trash - A Esperança Vem do Lixo (2014).

Após Praia do Futuro (2014), que chamou atenção à época quando um cinema avisava aos espectadores sobre uma cena de relação homossexual, o ator foi trabalhar no exterior por alguns anos. Estrelou a série Narcos, da Netflix, como o protagonista na série que abordava a vida do traficante colombiano Pablo Escobar.

Em Marighella (2019), lançou-se como diretor no longa sobre a história do guerrilheiro que marcou o Brasil na década de 1960, acusado de ser terrorista pelo regime militar. No longa, foi vivido por Seu Jorge.

Entre seus outros trabalhos recentes de Wagner Moura, estão um personagem na série Sr. e Sra. Smith (2024), do Amazon Prime Vídeo, e outro no filme Guerra Civil (2024).

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