'Moquém Mairi': Projeto une arte e sabedoria dos povos ancestrais; confira a programação
A programação é gratuita e reúne nomes como Ailton Krenak, Márcia Mura, Negô bispo e outras lideranças.

No período de 20 a 22 de outubro o público vai poder conhecer mais sobre cultura alimentar por meio do projeto “Moquém Mairi: diversos mundos, diversas economias”, que une artes, pinturas, cultura alimentar e literatura com objetivo de movimentar a economia. O encontro será no Museu do Estado do Pará (MEP). Os interessados devem realizar a inscrição por meio de formulário.
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Os participantes são lideranças indígenas, quilombolas, ativistas alimentares, e renomados pesquisadores. Entre os convidados, está o líder indígena, ambientalista e filósofo Ailton Krenak; a escritora e ativista, Márcia Mura; o fundador da primeira rádio indígena do país, Anapuaka Tupinambá; a pesquisadora e artista, Naine Terena; o poeta e escritor quilombola, Negô Bispo e muito mais.
O Moquém Mairi reafirma a importância de processos econômicos justos e descentralizados e da cultura alimentar para a justiça climática e defesa da Amazônia, com as raízes fincadas em comidas livres de agrotóxicos e transgênicos e cheios de sabedoria dos povos amazônicos. Durante o festival, será disponibilizado para o público uma feira com produtos e alimentos elaborados pela base comunitária e agroecológica.
Tainá Marajoara, idealizadora do projeto, é do povo originário Aruã Marajoara, e como ativista e pensadora indígena, reforça a importância de manter viva a cultura e as técnicas dos ancestrais para o futuro. “No mesmo período em que batemos recorde de devastação da Amazônia e morte de lideranças. Nós acendemos nosso moquém como um esperançar em defesa dos conhecimentos, saberes e de celebração da nossa existência enquanto artistas e fazedores culturais, que fazem do seu modo de vida os seus circulares econômicos”, declara.
Tainá, também explica a escolha do nome do projeto criado em 2018, “Moquém chega para falar do tempo, da celebração da ancestralidade de ensinamentos para o futuro, vem para manter viva a técnica ancestral e o bem viver. E Mairi, celebra a permanência das culturas e a memória dos povos nessas terras, hoje, chamadas Belém, a Mairi Tupinambá”, finaliza.
A programação é composta por palestras, rodas de conversas, vivências práticas e feira com produtos de cultura alimentar em torno das produções indígenas, quilombolas, agroecológicas e culturais dos interiores.
O projeto é uma realização da Associação Folclórica e Cultural Pássaro Colibri de Outeiro e; Ponto de Cultura Alimentar Instituto Iacitata Amazônia Viva e conta com apoio de Eliete Cozinha Paraense, Wika Kwara, Negritar, Ná Figueredo, Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida, Prefeitura de Belém e Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SECULT).
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