Peça 'Helena Blavatsky - A Voz do Silêncio' mostra a busca do ser pela verdade
Nesses tempos de extremismos, obra dessa filósofa russa é opção para descobertas acerca de como olhar o mundo e a vida. Espetáculo traz a atriz Beth Zalcman no palco do Teatro Margarida Schivasappa (Centur) nos dias 30 e 31 de agosto

A busca da verdade marca a trajetória da humanidade, e nesse processo a vida e a obra da filósofa russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891) são referências para quem pensa e questiona o mundo em que vive. No mundo contemporâneo, com suas guerras, agressões ao meio ambiente, impasses políticos e outras mazelas que atormentam a vida em sociedade, a peça "Helena Blavatsky - A Voz do Silêncio" chega em boa hora ao palco do Teatro Margarida Schivasappa, no Centur. O espetáculo será apresentado nos próximos dias 30 e 31 de agosto, tendo como protagonista a atriz Beth Zalcman e conta com a encenação a cargo de Luiz Antônio Rocha, a partir do texto original da filósofa Lúcia Helena Galvão, professora de Nova Acrópole e profunda conhecedora da obra de Blavatsky.
E quem traz o espetáculo a Belém é justamente a Nova Acrópole, instituição fundada em 1957 e que se configura como uma organização internacional que promove um ideal de valores permanentes para contribuir com a evolução individual e coletiva. "Realizamos isso por meio de três linhas de ação: Filosofia, Cultura e Voluntariado", destaca Lênon Raiol, diretor da Nova Acrópole Belém, em funcionamento há 36 anos.
Para Lênon, vale a pena conhecer a obra dessa pensadora. "Blavatsky viveu no século XIX, e, com certeza, foi uma das figuras mais notáveis do mundo moderno. Em suas viagens pelo mundo, ela recolheu um manancial de conhecimentos sobre tradições antigas, religiões orientais, mitos, simbologias, entre outros tantos assuntos fascinantes que acabaram influenciando dezenas de cientistas, escritores, filósofos, artistas, etc. Ela deixou à posteridade um legado enorme dos pensamentos mais sublimes que o mundo já conheceu", ressalta.
União
Acerca dos fundamentos das ideias de Blavatsky, Lêon Raiol diz que ela era "uma grande buscadora da União". "Durante toda a sua vida, ela afirmou que buscar a União era uma forma de retornarmos para Deus, esse mistério onde não falta nada, portanto, onde tudo está unido. Inclusive, a última frase que ela escreve, antes de morrer, foi 'Guardai a União' ".
O teatro, como diz Lênon, possibilita "comunicar por meio de uma dramaturgia simples, profunda e encantadora o exemplo desta mulher à frente do seu tempo, da sua inquietude, da sua busca pela verdade que nos contagia e nos mostra que a vida tem muitos elementos que vale a pena investigar para ampliar nossa capacidade de compreensão".
Segundo as reflexões de Madame Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno. Seu legado influenciou cientistas como Einstein, Thomas Edison e Flammarion; escritores como James Joyce, Yeats, Fernando Pessoa, T. S. Elliot, D. H. Lawrence; artistas como Mondrian, Paul Klee, Gauguin; músicos como Mahler, Jean Sibelius, Alexander Criabrin, Elvis Presley; além de inúmeros pensadores, como Christmas Humphreys, C. W. Leadbeater, Annie Besant, Alice Bailey, Rudolf Steiner, Gandhi e Krishnamurti.
Em "Helena Blavatsky - A Voz do Silêncio", o público faz uma travessia do irreal ao real, das ilusões à verdade espiritual, da ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência, por meio do "Teatro Essencial", ou seja, a ação solista com a presença do ator e a supressão de qualquer elemento que não seja necessário. O espetáculo apresenta-se como um convite à reflexão.
Serviço:
Peça: 'Helena Blavatsk, a Voz do Silêncio'
Local: Teatro Margarida Schivasappa (Centur)
Sessões:
No sábado, 30 de agosto de 2025, às 20h
Do domingo, 31 de agosto de 2025, às 18h
Ingressos: R$160,00 inteira | R$100,00 entrada solidária | R$80,00 meia-entrada
Onde comprar: Sympla
Sábado e domingo
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