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O 'Teatro de Edyr Augusto' em evidência na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes

Autor lança obra sobre seu grande legado dentro do teatro, sua grande paixão

Thainá Dias

Um dos grandes homenageados da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, o escritor Edyr Augusto, além de contista, romancista, jornalista e poeta, é também dramaturgo, com um trabalho reconhecido no teatro. O autor levou ao público este ano, duas obras, a primeira um compilado das suas peças teatrais reunidas pela editora da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Secult) em “O Teatro de Edyr Augusto” e o segundo é o livro de contos “Eu já morri” editado pela Boitempo.

Edyr se diz um apaixonado pelo teatro e sua arte de transformar realidades. “O teatro influenciou a minha vida inteira. Minha primeira obra foi aos 16 anos, ‘Boto Sinhá’, depois eu seguir escrevendo e poucos anos depois, o Cacá Carvalho me perguntou o que eu queria dizer com isso. E pensei que eu queria me expressar através do teatro, é algo muito importante na minha vida. Já escrevi ‘Angelim’, ‘Convite de Casamento’, duas obras sobre a história do Magalhães Barata. Toda obra foi muito importante para a minha história dentro dessa arte”, contou.

Para o autor e dramaturgo, “fazer teatro é tentar mudar o mundo para a melhor. É uma utopia, mas fazemos porque amamos e porque acreditamos nisso. O teatro é um espelho da vida, da sociedade, o teatro avança nas discussões. Você sai discutindo ideais, é construção. Eu comecei trabalhando com o grupo ‘Experiência’ e depois fiz muitos amigos. Até que cheguei até o grupo Cuíra, acabei seguindo com eles e vivemos experiências maravilhosas”, destacou.

Em relação a sua obra, “O Teatro de Edyr Augusto”, o autor resume que se trata de “uma obra que reúne cinquenta anos escrevendo para o teatro, um amadurecimento da escrita e sempre com o compromisso de mudar o mundo para a melhor através dessa arte”, concluiu.

A produtora de teatro, Wlad Lima, fala sobre a bagagem do autor na história do teatro. “Sou uma mulher do teatro, estou na área há mais de quarenta anos. Acompanho o trabalho do Edyr Augusto há muito tempo, desde o primeiro trabalho dele com ‘Boto Sinhá’ no grupo Experiência. Nossa parceria se fortaleceu ainda mais quando ele entrou no grupo Cuíra, então estamos juntos desde o início da década de 80. Fizemos coisas incríveis com a dramaturgia do Edyr, porque além dele ser dramaturgo, ele escuta o coletivo e monta aquilo que estamos demandando, a partir de nossas experiências, ele é dramaturgista como chamamos. Isso é raro! Além de tudo, fizemos ainda adaptações de várias obras clássicas, ele é um multiartista”, explicou.

Wlad destaca ainda o trabalho contemporâneo do autor. “No espetáculo atual, ‘Joana’, fiz a estrutura cenográfica desse trabalho. O trabalho é lindo! O Edyr tem uma importância incrível dentro dessa arte, se ele tiver que assumir direção, ele assume, ele faz o que puder. Além de ser um grande romancista, então falar dele é muito rico porque é a arte pura”, concluiu a amiga e parceira de trabalho.

Edyr Augusto nasceu em Belém do Pará. É escritor, dramaturgo e diretor de teatro, trabalhou como radialista e redator publicitário e também produziu jingles. Suas narrativas estão todas ancoradas na realidade paraense. É autor de Os éguas (1998)Moscow (2001), Casa de caba (2004), Um sol para cada um (2008), Selva concreta (2012) Pssica (2015)Belhell (2020), todos publicados pela Boitempo. Em 2013, com a publicação de Os éguas na França (com o título Belém), o autor ganhou destaque na cena literária parisiense. O livro recebeu, em 2015, o prêmio Caméléon de melhor romance estrangeiro, na Université Jean Moulin Lyon 3. Desde então, seus romances vêm sendo traduzidos para o francês. Além das obras atuais como “O Teatro de Edyr Augusto” e “Eu Já Morri”, incluindo a nova produção para o teatro “Joana”.

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Cultura
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