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Nave da Amazônia se encerra com Fafá de Belém e Aíla no Rock In Rio

Artistas dos nove estados da Amazônia se apresentam durante todos os dias do Rock In Rio

Vito Gemaque
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O último dia do Rock in Rio chega e muita gente vai ficando com saudade dos grandes shows e apresentações. Ao mesmo tempo, graças ao festival o público pôde conhecer muito mais artistas, principalmente da Amazônia. A região esteve representada no evento no espaço Nave onde artistas visuais, performers, músicos, cantores e DJs dos nove estados da região puderam se apresentar para milhares de pessoas ao longo de todos os dias de festival. Para encerrar a Nave com chave de ouro, Fafá de Belém se apresentará junto com Aíla em uma apresentação inédita.

A cantora e compositora Aíla promete um show que surpreendeu muita gente. Aíla também é a diretora musical do encontro. As duas artistas se conheceram em outubro do ano passado em um sarau. Lá as duas cantaram uma música juntas. Depois se encontraram novamente em Portugal. Agora se reúnem pela primeira vez em cima do palco para uma apresentação completa.

“É um show inédito que reflete esse encontro de duas mulheres de gerações diferentes. Têm muito romantismo, tem um quê de brega, das paixões, desilusões, e também é um show eletrônico. É uma Fafá em um local diferente para ela, misturando com hits dela, do meu disco também, clássicos. Tenho a maior honra de fazer a direção musical desse show, ela confiou muito em mim”, conta.

O público do Rock In Rio que já conhecia a música do Pará está conhecendo agora toda a Amazônia. Para Aíla, a Nave permitiu ao público conhecer a riqueza e a diversidade da Amazônia. “O Pará já esteve aqui com a Dona Onete, agora eu sinto uma chegança maior, os nove estados estão na Nave, do Amazonas, Pará, Amapá, até o Mato Grosso, que não é lembrado, mas também é Amazônia. A gente tem artistas visuais, ativistas, é um projeto muito grande. É a primeira vez que acontece desse jeito”, disse.

A Nave tem tido sessões lotadas e impactado o público, de acordo com Aíla. Muita gente está fazendo fila para entrar na Nave, é emblemático, também porque tem muitas mulheres envolvidas, 70% são mulheres, desde DJs a artistas visuais. É muito legal estarmos ecoando a Amazônia, que é floresta, mas é cidade também”, declarou.

Um desses novos talentos que está sendo conhecido pelo público brasileiro é a DJ Méury que tem tocado praticamente todos os dias na Nave. Com dez anos de carreira, a DJ Méury está chamando a atenção no Rock In Rio. Várias oportunidades de apresentações surgiram após a participação no festival. “A sensação é de estarmos carregando o Pará nas costas, e representando as DJs mulheres, representando as aparelhagens, nosso ritmo e nossa cultura. É muito gratificante terem me escolhido para mostrar tudo isso”, agradece. Méury já está fechando agenda no Maranhão, Amapá, Amazonas, Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. “Mas não vamos esquecer nossas raízes”, assegura.

O performer Rafael BQueer também se apresentou na Nave. O artista se apresentou logo no início do Rock in Rio, dia 2 de setembro. “Acho que nunca tinha participado de um projeto dessa escala e grandiosidade. A direção foi muito cuidadosa ao buscar artistas dos nove estados da Amazônia brasileira, prezando tanto por uma diversidade de gênero, racial e social da Amazônia mostrando a complexidade artística e cultural da região”, pontua. Rafael acredita que a Nave foi um marco histórico da Amazônia para o Brasil.

A diretora artística da Nave, Roberta Carvalho, reflete que a receptividade tem sido muito boa do público. “A gente está achando a recepção muito interessante. Estamos tendo sessões bem lotadas. As pessoas sentam, assistem ao vídeo experiência, fazem o processo de imersão na obra dos artistas, na musicalidade, aplaudem, reagem, comentam, fazem um mapeamento dos artistas que estão aqui, porque o nome de todos estão expostos em um painel. A gente está sentindo um abraço muito interessante. Uma receptividade muito boa, e uma crescente de público na Nave. O Rock in Rio tem uma diversidade de público muito grande”, disse. “Estamos fazendo história”, apontou Roberta Carvalho.

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